REDES SOCIAIS
Revista Científica da Ordem dos Médicos
Coronavirus disease 2019 (COVID-19) refere-se a uma infeção do trato respiratório causada pelo recém-emergente coronavírus SARS-CoV-2. A presente pandemia, declarada em 11 de março de 2020, foi reconhecida pela primeira vez na cidade de Wuhan e rapidamente se disseminou pela China e por outros países, incluindo Portugal. A anestesia loco-regional deve ser sempre considerada em doentes propostos para cirurgia com infeção suspeita ou confirmada por COVID-19, uma vez que minimiza intervenções de alto risco, a contaminação potencial para os profissionais e o tempo de recobro necessário, maximizando a eficiência da sala operatória. As técnicas anestésicas devem ter como objetivo impedir a intubação endotraqueal associada a um maior risco de complicações pulmonares em doentes infetados. Estas recomendações estão organizadas em abordagem pré, intra e pós-operatória em doentes com infeção suspeita ou confirmada por SARS-CoV-2, com base nas recomendações da comissão local de infeção hospitalar e na literatura mais recente disponível sobre anestesia loco-regional. Estas recomendações são direcionadas às equipas de anestesiologia, sendo considerado como principal objetivo a segurança dos profissionais e dos doentes. O vírus SARS-CoV-2 não será o último novo vírus a atingir epidemias em todo o mundo e, desta forma, ter um plano de anestesia loco-regional bem estruturado para abordar este tipo de casos garantirá o melhor outcome possível para os doentes e para a equipa do peri-operatório.