Estrongiloidíase: Um Diagnóstico a Considerar em Regiões Previamente Endémicas em Portugal

O Strongyloides stercoralis é um parasita capaz de sobreviver durante décadas num só hospedeiro, graças à sua capacidade de autoinfecção. A estrongiloidíase apresenta uma evolução habitualmente crónica e assintomática, sendo a eosinofilia isolada, as alterações cutâneas e gastrointestinais as manifestações mais frequentes. Entre as décadas de 1910 e 1980, vários casos de estrongiloidíase autóctone de Portugal foram descritos. Os autores apresentam o caso de uma doente com dor abdominal, ascite e eosinofilia marcada. O estudo etiológico excluiu causas frequentes de eosinofilia, sendo confirmado o diagnóstico de estrongiloidíase pela positividade imunoenzimática do anticorpo para Strongyloides stercoralis. Residindo a doente numa região onde foram, no passado, diagnosticados vários casos de estrongiloidíase e na ausência de viagens previas para o estrangeiro, este representa o primeiro caso identificado nas últimas décadas de estrongiloidíase autóctone em Portugal. Os autores alertam para a possibilidade de infeção crónica adquirida em regiões consideradas, previamente, focos de grande endemicidade.

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