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Revista Científica da Ordem dos Médicos
Introdução: A pandemia pelo novo coronavírus provocou rotura em hospitais de vários países por falta de recursos para ventilação
invasiva. Assim, a Ordem dos Médicos convidou intensivistas que, em colaboração com a SYSADVANCE S.A., desenvolveram o SYSVENT OM1, um ventilador capaz de operar em modos controlados e assistidos (volume e pressão) e apto para tratar doentes em cuidados intensivos. Neste estudo fazemos a prova de conceito, comparando volume-corrente, pressão inspiratória e pressão positiva tele-expiratória programados, com os valores medidos pelo ventilador e por um equipamento de medição externo.
Material e Métodos: Montámos o ventilador em série com um pulmão artificial e um analisador de fluxos. Medimos o volume-corrente
expiratório e a pressão inspiratória, em três níveis de compliance e seis patamares de volume-corrente. A pressão positiva tele-expiratória foi medida com incrementos de 2 cmH2O ao longo de oito patamares. Para cada medição realizámos três leituras.
Resultados: Considerando cada uma das três variáveis isoladamente, a média da diferença máxima entre os valores programados e
os valores medidos situa-se, para todas elas, dentro do que considerámos ser aceitável para um modelo protótipo (volume-corrente = -28,1 mL, pressão inspiratória = 0,8 cmH2O e pressão positiva tele-expiratória = -1,1 cmH2O). Essa diferença é maior quando avaliada com o equipamento de medição externa comparativamente com o ventilador.
Discussão: Os resultados mostraram uma boa capacidade de monitorização e de precisão. Documentaram-se limitações técnicas relacionadas com o pulmão artificial e com o analisador de fluxos que não desvirtuam os resultados, mas limitam a sua amplitude.
Conclusão: Para os parâmetros testados, o ventilador apresenta boa performance de funcionamento, está de acordo com as premissas
iniciais e tem potencial para uso clínico.