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Revista Científica da Ordem dos Médicos
Introdução: Avanços no tratamento da artrite reumatóide contribuiram para uma evolução favorável. Apesar de evidências substanciais provenientes de ensaios clínicos, são menos conhecidos os dados provenientes da vida real. O objetivo do estudo foi caracterizar a doença e a qualidade de vida em doentes sob fármacos biotecnológicos.
Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal com recolha de dados clínicos relativos à adesão terapêutica, atividade da doença, capacidade funcional, deformidades articulares, comorbilidades e questionários de qualidade de vida relacionada com a saúde, estado civil, situação profissional e escolaridade.
Resultados: Foram recrutados 77 doentes do grupo original de um total de 94. A mediana da idade foi 63 anos, 82% do sexo feminino e início de biológico cerca de quatro anos após o início da doença, com uma mediana de duração de 12 anos. De acordo com o disease activity score (DAS28), a percentagem de doentes com atividade alta, moderada, baixa ou em remissão mudou, respectivamente, de 50, 45, 0 e 5 pré- biológico para 11, 37, 25 e 26 na altura da re-avaliação, com melhoria funcional. Setenta e cinco por cento dos doentes mantiveram o tratamento original com boa adesão. Pontuações mais baixas do short form-36 associaram-se a uma baixa pontuação no EQ-5D-3L. No grupo de doentes que viriam a falecer (n = 6), foi observada uma menor esperança de vida aos 10 anos, assim como uma maior discontinuação da terapêutica biológica.
Discussão: Pré-biológico, uma elevada percentagem dos doentes apresentava elevada atividade da doença e incapacidade funcional.
Conclusão: Não obstante ajustes terapêuticos e seguimento regular, uma percentagem significativa de doentes mantinha atividade moderada e limitação funcional com baixa qualidade de vida relacionada com a saúde.
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