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Revista Científica da Ordem dos Médicos
Introdução: Este estudo visa explorar a validação da Escala de Resiliência (25 itens e 14 itens), nas suas versões longa e breve. Este instrumento avalia a capacidade de o indivíduo suportar os fatores de stress, de prosperar e dar sentido a desafios vitais.
Material e Métodos: A amostra integrou 511 médicos portugueses. Ambas as versões foram validadas através do estudo de validade de estrutura interna, de fiabilidade e de validade convergente. A validade de estrutura interna foi analisada através da técnica da análise de componentes principais. A fiabilidade foi verificada pelo estudo de consistência interna. Para a validade convergente, calculou-se os coeficientes de correlação entre estas versões da Escala de Resiliência e outras escalas validadas para medir depressão, ansiedade, stress e satisfação com a vida.
Resultados: Ambas as versões da Escala de Resiliência apresentaram boa consistência interna. Para cada uma das versões, optou-se pela análise de componentes principais a um fator. A validade convergente foi verificada por correlações positivas significativas entre a Escala de Resiliência 25 e Escala de Resiliência 14 e uma escala de satisfação com a vida e por correlações negativas significativas entre as duas versões da Escala de Resiliência e as subescalas de depressão, ansiedade e stress.
Discussão: Os resultados evidenciaram o caráter unidimensional das duas versões da Escala de Resiliência e apoiam a sua utilidade e validade na classe dos médicos.
Conclusão: Trata-se do primeiro estudo de validação desta escala num grupo de médicos. Os seus resultados são muito satisfatórios, recomendando-se o uso deste instrumento neste grupo específico.