Satisfação dos Internos de Medicina Geral e Familiar com as Competências Pedagógicas dos Orientadores de Formação: Estudo Exploratório e Regional

Introdução: Em Portugal, os requisitos para seleção e formação de orientadores em Medicina Geral e Familiar variam nas diferentes regiões do país. Este estudo pretendeu estudar a satisfação dos internos de Medicina Geral e Familiar com os orientadores de formação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Material e Métodos: Os internos de Medicina Geral e Familiar foram a população alvo do nosso estudo transversal e exploratório. As autoras desenvolveram um questionário de 16 itens com base na literatura existente. As perguntas abrangeram os seguintes domínios: segurança do doente, ambiente de aprendizagem, feedback dos orientadores de formação, relação interno/orientador de formação, avaliação do progresso educacional e desenvolvimento profissional contínuo dos orientadores de formação. Os itens foram pontuados numa escala do tipo Likert de cinco pontos. Os dados foram recolhidos numa reunião de internos em outubro de 2018.
Resultados: Foram distribuídos 384 questionários com uma taxa de resposta de 59,9%. A maioria dos entrevistados era do sexo feminino (79,9%) e todos os anos de internato foram representados. O nosso estudo mostra que 60,4% dos internos de Medicina Geral e Familiar da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo estão muito satisfeitos com as competências pedagógicas dos orientadores de formação. No entanto, houve menor satisfação nos domínios do desenvolvimento profissional contínuo dos orientadores de formação, feedback dos orientadores e monitorização do progresso educacional. A maioria (57,4%) dos entrevistados não dá feedback ao seu orientador sobre o desempenho pedagógico, principalmente porque não se sente à vontade ou porque nunca considerou fazê-lo.
Discussão: Os resultados revelam um elevado grau de satisfação dos internos de Medicina Geral e Familiar com os respetivos orientadores de formação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. A elevada taxa de respostas alcançada é um dos pontos fortes do estudo. Os autores propõem algumas sugestões de melhoria para os domínios que obtiveram menor grau de satisfação. Infelizmente, é difícil extrapolar os resultados a nível nacional devido às diferenças entre os programas de formação das diferentes regiões.
Conclusão: Embora exista um alto nível de satisfação, ainda há potencial para melhoria, incluindo a expansão de programas de formação para orientadores de formação.

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