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Revista Científica da Ordem dos Médicos
Introdução: O estigma está associado a pior prognóstico de doença e redução da procura de ajuda, autoestima e adesão ao tratamento. Os objetivos deste estudo foram estudar a fidedignidade a validade de construto da Escala de Estigma de King et al e a sua associação com as pontuações da Escala de Comportamento de Procura de Ajuda e de Doença (ECPAD).
Material e Métodos: Cento e quarenta doentes psiquiátricos preencheram a Escala de Estigma e a ECPAD. Foi realizada a análise fatorial exploratória da escala de estigma e a sua fidelidade estudada. Foram realizadas análises de correlação e exploradas as diferenças nas médias das pontuações da escala de estigma nos grupos de ECPAD.
Resultados: A análise fatorial exploratória indicou quatro fatores (F): F1-Divulgação, F2-Discriminação, F3-Aceitação e F4-Crescimento Pessoal (α de 0.70 a 0.91). Os comportamentos de procura de ajuda não se associaram ao estigma. Os níveis de Discriminação foram altos no grupo com CPAD total-elevado e nos grupos com comportamentos de doença (CD) e com preocupações com a saúde (PS) médios/elevados. Adicionalmente, os níveis de Divulgação e Estigma total foram superiores no grupo com PS-elevado e no grupo com CD-médio (quando comparado com o grupo CD-baixo). O grupo com CD-baixo também revelou níveis inferiores de Aceitação e Crescimento Pessoal em comparação com os grupos com CD-médio e CD-elevado, respectivamente.
Conclusão: A escala de estigma (27 itens) é um instrumento válido, fidedigno e útil para avaliar o estigma em doentes psiquiátricos.
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