Recomendações Portuguesas para a Utilização de Sequenciação de Nova Geração na Prática Clínica em Tumores do Pulmão, Raros e de Origem Primária Desconhecida

Na área da oncologia clínica, a sequenciação de nova geração (NGS) foi implementada com o objetivo de contribuir para o diagnóstico, prognóstico e orientação terapêutica. A utilização de NGS em oncologia molecular é vasta, focalizando-se estas recomendações nas: normas laboratoriais para painéis genéticos direcionados (mutações somáticas) e na orientação terapêutica baseada em NGS de cancro do pulmão e cancros raros, nomeadamente sarcomas e cancros de origem desconhecida. Para que sejam obtidos resultados de NGS com a qualidade que permita a sua correta interpretação, devem ser abordados múltiplos controlos de qualidade na fase pré-analítica que disponibilizem informação sobre o tamanho e celularidade do tumor, processamento e descalcificação de tecidos, fração tumoral, viabilidade do tumor, fixadores e coloração utilizados. A comunicação entre os diferentes intervenientes no processo, em particular entre os clínicos e o laboratório também contribui, de forma inequívoca, para a interpretação dos resultados de NGS. Todos os doentes com cancro do pulmão de não pequenas células não escamoso devem ser testados com um painel de NGS, que deve incluir não só genes com terapias dirigidas aprovadas (ALK, BRAF, EGFR, MET, NTRK, RET e ROS1), mas também genes com alterações genómicas identificadas como potenciais alvos terapêuticos (HER2 e KRAS). Dada a escassez de evidência científica sobre a utilização de NGS em tumores raros, recomenda-se a realização de painéis genómicos abrangentes que poderão contribuir para uma melhor gestão da doença. Adicionalmente, outros doentes, com outros tumores sólidos incuráveis, podem beneficiar da inclusão em ensaios clínicos orientados por biomarcadores. A realização de reuniões multidisciplinares com a participação de diferentes especialistas capazes de integrar dados dos perfis genómicos são fundamentais para a escolha da melhor estratégia para cada doente. Considerando que não existem recomendações nacionais, este artigo visa orientar a prática laboratorial e clínica para a utilização de NGS em tumores do pulmão, raros e cancros de origem primária desconhecida em Portugal.

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