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Revista Científica da Ordem dos Médicos
O priapismo pode ser um efeito adverso das heparinas de baixo peso molecular, cuja fisiopatologia não é totalmente compreendida. Os autores apresentam o caso de um doente, do sexo masculino, 51 anos, com diagnóstico de oligodendroglioma. O doente apresentou um episódio de priapismo, no terceiro mês sob tinzaparina, sem nenhuma outra alteração recente da sua medicação habitual e com consumo de outros medicamentos negado. Foi submetido a cirurgia, com resolução do priapismo, mas apresentou fibrose sequelar dos corpos cavernosos, com consequente disfunção eréctil. Desde então o doente não retomou heparina e não apresentou novos episódios de priapismo. Um célere reconhecimento do quadro pode contribuir para menores sequelas, com consequente diminuição da morbilidade e impacto na qualidade de vida. Mais investigação é necessária para aumentar o conhecimento sobre a fisiopatologia desta situação.