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Revista Científica da Ordem dos Médicos
Introdução: A escala Obsessive-Compulsive Inventory-Revised foi desenvolvida para avaliar a gravidade dos sintomas obsessivo-compulsivos em contexto clínico e não clínica. O objectivo deste estudo foi avaliar as propriedades psicométricas da sua versão portuguesa.
Material e Métodos: O questionário em estudo foi aplicado a 90 pessoas com perturbação obsessivo-compulsiva e 246 pessoas sem doença psiquiátrica conhecida. Além deste instrumento de avaliação clínica, os participantes preencheram outras escalas de avaliação clínica que ajudaram a caracterizar os dois grupos de estudo.
Resultados: Dado o objetivo deste estudo, para avaliar a estrutura por seis fatores foi realizada uma análise fatorial confirmatória [grupo de doentes: χ2(120, n = 90) = 205,779, p < 0.01; CFI = 0,916; GFI = 0,814; RMSEA = 0,0890. Grupo controlo: χ2(120, n = 246) = 224,762, p < 0,01; CFI = 0,938; GFI = 0,904; RMSEA = 0,060]. Para avaliar a consistência interna da escala foi determinado o alpha de Cronbach (grupo de doentes: α = 0,913. grupo controlo: α = 0,888). A validade convergente foi testada através da determinação da correlação de Spearman entre as pontuações obtidas no Obsessive-Compulsive Inventory-Revised e Y-BOCS no grupo de doentes (r = 0,651; p < 0,01).
Conclusão: O Obsessive-Compulsive Inventory-Revised revelou-se um instrumento consistente, válido e fiável com boas propriedades psicométricas para determinar a gravidade dos sintomas obsessivo-compulsivos na população portuguesa.
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