REDES SOCIAIS
Revista Científica da Ordem dos Médicos
O cancro do colo do útero (CCU) é globalmente um dos tipos de cancro mais comum em mulheres. O rastreio do CCU é indispensável para a deteção e tratamento de lesões neoplásicas cervicais que possam evoluir para neoplasia, com o objectivo de reduzir a incidência deste cancro. Nos últimos anos, têm ocorrido alterações que visam o aumento da eficácia do rastreio. Nomeadamente, o uso de teste de deteção do vírus do papiloma humano como método de rastreio primário do CCU e a valorização da importância de adaptar a prática clínica em função do risco de desenvolvimento do CCU. Desta forma, são necessárias novas normas de atuação clínica, que contemplem esta mudança de paradigma. Assim, um grupo de especialistas analisou e discutiu a literatura mais recente, definindo recomendações e propondo normas de prática clínica que se focam na estratificação de risco, avaliação diagnóstica, e na conduta terapêutica e de seguimento de mulheres com resultados dos testes de rastreio alterados. Este trabalho tem como objetivo facilitar a prática clínica em resposta a resultados alterados nos testes e, consequentemente, melhorar a prevenção secundária do CCU.