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Revista Científica da Ordem dos Médicos
Um doente do sexo masculino foi vítima de uma queimadura ocular com cal aos 43 anos, da qual resultou opacificação corneana bilateral e acuidade visual de perceção luminosa à direita e conta-dedos à esquerda. Foram feitas múltiplas tentativas para restaurar a visão, incluindo queratoplastias penetrantes e queratoprótese de Boston. Aos 73 anos, uma das abordagens cirúrgicas ao olho esquerdo do doente incluiu cauterização dos neovasos e remoção do pannus vascular, peritomia e excisão parcial da cápsula de Tenon. Seguidamente fez-se queratoplastia penetrante e injeção intraestromal de anti-VEGF (vascular endothelial growth factor), e a superfície ocular foi recoberta com membrana amniótica. No pós-operatório, o enxerto do olho esquerdo apresentava-se transparente, sem sinais de inflamação e a visão melhorou para 20/50, mantendo-se estável ao longo dos dois anos seguintes. Com este caso clínico pretendemos demostrar alguns procedimentos perioperatórios adjuvantes à queratoplastia penetrante que foram eficazes para aumentar a sobrevida do enxerto corneano, num centro terciário sem capacidade para fazer cultura e transplantação de células estaminais límbicas.
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