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Revista Científica da Ordem dos Médicos
Adolescente, 17 anos, sexo masculino, foi levado ao serviço de urgência por hipovisão esquerda e ‘moscas volantes’ de aparecimento nesse dia. Referiu contacto com tuberculose pulmonar quinze anos antes (mãe como caso índex); realizou profilaxia com isoniazida durante quatro meses. O exame oftalmológico apresentava uveíte posterior e intermédia à esquerda. O estudo analítico não apresentava alterações. A IgG para herpes simplex 1 veio positiva e as restantes serologias incluindo vírus varicela-zoster vieram negativas. A radiografia tórax não apresentava alterações. Após duas semanas, foi observada uma membrana epirretiniana com risco de descolamento tracional da retina. A prova de Mantoux apresentava enduração de 15 mm e o teste IGRA veio positivo. Foram colhidas secreções respiratórias e humor vítreo para cultura. Foi iniciada terapêutica quádrupla e prednisolona. Dez dias depois verificou-se um descolamento hialóide posterior com hematoma vítreo subjacente. Foi então submetido a vitrectomia posterior e endolaser periférico sem intercorrências. Um mês depois foram conhecidos os resultados dos exames culturais com crescimento de Mycobacterium tuberculosis. Iniciou desmame progressivo da corticoterapia. Realizou terapêutica antibacilar durante seis meses. Verificou-se resolução completa com normalização da acuidade visual.