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Revista Científica da Ordem dos Médicos
Na epidemiologia da hepatite delta, os dados são contraditórios e as várias publicações sugerem que o número de casos seja superior ao anteriormente estimado. Apesar de se tratar da forma mais severa de hepatite viral crónica, continua a ser uma doença negligenciada na prática clínica.1,2 Na população infetada por VIH, as prevalências divergem desde 1,2% a 25%3; no estudo da EuroSIDA (2011)4 a prevalência era de 14,5% e mais tarde, no Swiss HIV Cohort Study (2017),5 de 15%. Devido às atuais circunstâncias em que vivemos, de potencial ressurgimento do consumo de substâncias ilícitas associado à pobreza e ao desemprego, à mudança de comportamentos de elevado risco de transmissão sexual e aos fluxos migratórios de populações oriundas de África Central e de Europa de Leste, é admissível que estes números voltem a aumentar.