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Revista Científica da Ordem dos Médicos
Espécies associadas à leishmaniose visceral, como L. infantum, podem ser responsáveis por leishmaniose cutânea (LC), particularmente no Mediterrâneo. Nos doentes imunodeprimidos, a classificação como LC complicada é essencial, pois o risco de leishmaniose mucosa obriga ao tratamento sistémico. Homem de 47 anos, residente em Portugal, com doença de Fabry e imunodeprimido com adalimumab e metotrexato por doença de Crohn. Sem viagens fora da Europa. Apresentava placa de 5,5 cm de bordos bem definidos, elevados, hiperqueratóticos, com ulceração central indolor há dois anos na região dorsal. A biópsia revelou parasitas em macrófagos sugestivos de Leishmania. L. infantum foi identificada por PCR. A endoscopia nasal com biópsia excluiu atingimento da mucosa. A classificação como LC complicada ditou tratamento com anfotericina B lipossómica e subsequente paramomicina tópica. A raridade da LC em Portugal pode atrasar o diagnóstico, especialmente em infeções autóctones. A escolha terapêutica é complicada pela heterogeneidade mundial nos fármacos disponíveis. Com o aumento na prevalência global da LC, é imperativo estar sensibilizado para este diagnóstico.
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