The ambulatory hypertensive patient. Evaluation of 1238 outpatient files.

Authors

  • J. Braz Nogueira Núcleo de Estudos de Hipertensão Arterial, Medicina 1. Hospital de Santa Maria. Faculdade de Medicina. Lisboa.
  • J. Nogueira da Costa Núcleo de Estudos de Hipertensão Arterial, Medicina 1. Hospital de Santa Maria. Faculdade de Medicina. Lisboa.
  • Carlos Paz Núcleo de Estudos de Hipertensão Arterial, Medicina 1. Hospital de Santa Maria. Faculdade de Medicina. Lisboa.
  • Vítor Martins Núcleo de Estudos de Hipertensão Arterial, Medicina 1. Hospital de Santa Maria. Faculdade de Medicina. Lisboa.
  • Ernesto Correia Núcleo de Estudos de Hipertensão Arterial, Medicina 1. Hospital de Santa Maria. Faculdade de Medicina. Lisboa.
  • Carlos Ruah Núcleo de Estudos de Hipertensão Arterial, Medicina 1. Hospital de Santa Maria. Faculdade de Medicina. Lisboa.
  • Isabel Menezes Núcleo de Estudos de Hipertensão Arterial, Medicina 1. Hospital de Santa Maria. Faculdade de Medicina. Lisboa.
  • Vítor Mariano Núcleo de Estudos de Hipertensão Arterial, Medicina 1. Hospital de Santa Maria. Faculdade de Medicina. Lisboa.
  • Gaspar Almeida Núcleo de Estudos de Hipertensão Arterial, Medicina 1. Hospital de Santa Maria. Faculdade de Medicina. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.3898

Abstract

Foi feita a revisão de 1238 fichas de hipertensos observados na Consulta de Hipertensão Arterial do Hospital de Santa Maria (Medicina 1 - Núcleo de Estudos de Hipertensão Arterial), de 1971-78 com o intuito de se fazer uma reavaliação dos cuidados prestados numa consulta com sobrepopulação crescente. 543 pertenciam ao sexo masculino e 695 ao feminino e as idades variaram entre os 14 e os 79 anos. 58 % dos hipertensos não moravam em Lisboa. A pressão sistólica subiu progressivamente com a idade e a diastólica comportou-se de igual modo até ao grupo etário de 50-59 anos descendo depois ligeiramente. As cefaleias e tonturas foram os sintomas mais frequentemente referidos. Houve uma percentagem apreciável de hipertensos que referiram baixa de acuidade visual como sintoma principal. Foi avaliada a etiologia em 1069 casos predominando amplamente a hipertensão essencial (88,3 %). Das hipertensões secundárias a mais frequente foi a doença parenquimatosa renal. A repercussão sobre o SNC foi a mais vezes avaliada (93 %) sendo a retiniana a que menos vezes o foi (63,4 %), principalmente nos grupos etários mais velhos. Houve uma proporção semelhante de casos com retinopatia de grau 3 ou 4 (hipertensão acelerada) e com repercussão renal 3 ou 4 (insuficiência renal). Apenas 36 % dos hipertensos não apresentaram repercussão cardíaca. Foram observados 226 hipertensos com pressão diastólica > 130 mm Hg o que define hipertensão grave. 589 hipertensos  tinham registos de 3 ou mais consultas. Os valores tensionais baixaram da primeira para a última consulta muito significativamente: de 184 ± 32,8 mm Hg (P. S.) e 114± 16,5 mm Hg (P. D.) para 167 ± 28,6 mm Hg e 105± 15,6 mm Hg no sexo masculino e de 193 ± 35,0 mm Hg (P. S.) e 114± 17,5 mm Hg (P. D.) para 171 ± 32,6 mm Hg e 104± 17,0 mm Hg no sexo feminino. Foi conseguida normalização da pressão sistólica e diastólica (P. S. <160 mm Hg e P. D. <95 mm Hg) em 23 % dos casos, tendo havido em 68 % normalização pelo menos de uma delas. Registou-se agravamento indubitável do ECG num grupo de doentes em que os valores tensionais não se modificaram significativamente com a terapêutica. Verificou-se melhoria da função renal com a terapêutica em 54 % dos casos de insuficiência renal, com normalização em 50 %. Os diuréticos foram os fármacos mais frequentemente receitados, logo seguidos pela metildopa, tanto na primeira como na última consulta, sendo os β-bloqueantes aqueles cuja prescrição subiu mais acentuadamente na última consulta. Os resultados conseguidos foram positivos, apesar da sobrepopulação da consulta. É desejável reduzir o número de doentes ambulatórios que a ela recorrem, selecionando os casos que verdadeiramente necessitam de uma consulta especializada deste tipo.

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How to Cite

1.
Braz Nogueira J, Nogueira da Costa J, Paz C, Martins V, Correia E, Ruah C, Menezes I, Mariano V, Almeida G. The ambulatory hypertensive patient. Evaluation of 1238 outpatient files. Acta Med Port [Internet]. 1981 Dec. 31 [cited 2024 Nov. 14];3(5-6):341-6. Available from: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/3898

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