Prosthetic valve replacement.
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4290Abstract
PRÓTESES VALVULARES CARDÍACAS
Parece extraordinário que após vinte anos de experiência de substituições valvulares este assunto ainda seja um dos que se discute nos congressos de Cirurgia Cardíaca. Sem dúvida isto deve-se ao facto de ainda se não ter encontrado o substituto valvular cardíaco ideal e, nos últimos anos, tem-se desenvolvido a tendência para plastias em vez de substituições valvulares. Mas a verdade é que, quando os doentes chegam a ser operados já as válvulas ultrapassaram a fase de poderem ser reconstruídas e têm de ser substituídas. Na Mayo Clinic usam-se praticamente todos os modelos de próteses valvulares e isto depende não só da tendência dos vários cirurgiões mas também dos factores fisiopatológicos e anatómicos de cada caso operado. Descrevem-se em seguida as várias próteses mecânicas mais utilizadas, com suas vantagens e inconvenientes, nomeadamente as válvulas de oclusor de bola (Starr-Edwards e Smelhoff-Cutter) e as de disco (Björk-Shiley e Lillehei-Kaster). Finalmente faz-se ampla referência aos heteroenxertos de válvula aórtica de porco, como as de Hancock, de Angell-Shiley e de Carpentier-Edwards. Em seguida faz-se a discussão dos vários factores que podem prevalecer na escolha dos vários tipos de próteses valvulares concluindo-se que ainda se aguarda o aparecimento da prótese ideal. Todas as válvulas são, pelo menos moderadamente nocivas ao miocárdio e nenhuma e verdadeiramente livre de complicações. A durabilidade parece adequada no que se refere às próteses mecânicas, mas o preço desta durabilidade é um maior risco de tromboembolismo. Pelo contrário as biopróteses têm um risco aceitável de tromboembolismo mas deve-se reconhecer que terão de ser consideradas como substitutos valvulares temporários.
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