Novas Perspetivas Sobre o Papel dos Eosinófilos Tecidulares na Progressão do Cancro Colorretal: Uma Revisão da Literatura

Autores

  • Ana Laura Saraiva Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto.
  • Fátima Carneiro Department of Pathology. Centro Hospitalar de São João. Porto. Department of Pathology. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (Ipatimup)/ i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Universidade do Porto. Porto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.10112

Palavras-chave:

Eosinófilos, Lesões Pré-Cancerosas, Neoplasias Colorretais, Prognóstico

Resumo

Introdução: O papel dos eosinófilos na carcinogénese colorretal tem sido discutido em várias publicações científicas. O objetivo deste estudo foi o de rever o valor dos eosinófilos tecidulares no prognóstico do cancro colorretal, enfatizando a sua identificação, mensuração e associação com as características clinicopatológicas da doença.
Material e Métodos: Utilizámos os motores de busca PubMed e Web of Science para pesquisar estudos que associassem os eosinófilos tecidulares com o prognóstico do cancro colorretal.
Resultados: Selecionámos 15 estudos para a nossa revisão. Maioritariamente, a análise do infiltrado foi realizada através da coloração de hematoxilina-eosina, com criação de scores. A maioria dos trabalhos descreveu a eosinofilia tecidular como um fator de prognóstico favorável no cancro colorretal e estabeleceu uma associação inversa entre ela e o comportamento metastático dos tumores. A associação com outros fatores de prognóstico foi por vezes abordada, com resultados inconsistentes. A eosinofilia tecidular diminuiu na progressão adenoma-carcinoma.
Discussão: Vários mecanismos têm sido propostos para explicar a quimiotaxia de eosinófilos para os tecidos tumorais e a sua interação com as células neoplásicas, sugerindo o envolvimento dos eosinófilos na progressão do cancro colorretal. Apesar de não existir um sistema de avaliação validado, a eosinofilia tecidular associada a tumores pode constituir um parâmetro histopatológico de prognóstico no cancro colorretal.
Conclusão: As evidências disponíveis associam a presença de eosinófilos no microambiente do cancro colorretal com a modulação da sua progressão. O impacto clínico deste achado deve ser estudado no futuro.

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Publicado

2018-06-29

Como Citar

1.
Saraiva AL, Carneiro F. Novas Perspetivas Sobre o Papel dos Eosinófilos Tecidulares na Progressão do Cancro Colorretal: Uma Revisão da Literatura. Acta Med Port [Internet]. 29 de Junho de 2018 [citado 22 de Novembro de 2024];31(6):329-37. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/10112

Edição

Secção

Revisão AMP Student