A Carreira Médica e os Fatores Determinantes da Saída do Serviço Nacional de Saúde
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10121Palavras-chave:
Aposentadoria, Medicina Estatal, Médicos, Motivação, Satisfação no Emprego, Setor PrivadoResumo
Introdução: Este artigo aborda a temática da organização e gestão da carreira médica em Portugal no quadro do Serviço Nacional de Saúde. Foca, em particular, alguns indicadores de motivação e satisfação profissional.
Material e Métodos: Este artigo resulta de um projeto de investigação mais alargado sobre a organização da carreira médica em Portugal. Foram aplicados inquéritos a médicos especialistas ativos, a realizar o internato de especialidade médica e que já abandonaram o Serviço Nacional de Saúde. A base de sondagem compreende os médicos inscritos na Secção Norte da Ordem dos Médicos.
Resultados: Foram inquiridos 3253 médicos. Os níveis de satisfação dos médicos variam em função da idade, do tipo de ligação ao SNS e associados às expectativas em relação ao futuro profissional.
Discussão: Apesar da estreita ligação com o Serviço Nacional de Saúde, os médicos mais jovens evidenciaram maiores níveis de insatisfação profissional e incerteza em relação ao seu futuro profissional. Ainda que com graus de descontentamento variáveis em função dos grupos considerados, a insatisfação dos profissionais inquiridos é com as condições materiais de exercício da profissão e com as oportunidades de progressão. No plano das relações interpessoais e da formação, a satisfação é elevada. A antecipação da reforma e a transferência para o setor privado são opções que os profissionais equacionam como estratégia para responder à insatisfação profissional.
Conclusão: O estudo demonstra que as configurações atuais de funcionamento do Serviço Nacional de Saúde não diminuem o interesse pelo exercício da medicina, mas sim motivam a procura de condições mais aliciantes e compensatórias no exercício da mesma.
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