Infeção Cervical Isolada Com HPV de Alto Risco Excluindo os Serotipos 16/18: Reavaliação Após Um Ano

Autores

  • Sara Vargas Departamento de Ginecologia, Obstetrícia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Maria Pulido Valente Departamento de Ginecologia, Obstetrícia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Margarida Mendes de Almeida Departamento de Anatomia Patológica. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa.
  • Joaquim Neves Departamento de Ginecologia, Obstetrícia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • Carlos Calhaz-Jorge Departamento de Ginecologia, Obstetrícia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Lisboa. Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.10183

Palavras-chave:

Infecções por Papillomavirus, Lesões Pré-Cancerosas, Neoplasias do Colo do Útero, Papillomaviridae, Variação Genética

Resumo

Introdução: O cancro cervical é causado pelo papiloma vírus humano de alto risco. No entanto, apenas algumas mulheres com infeções persistentes desenvolvem lesões pré-malignas e malignas. Aproximadamente 20% destas neoplasias são causadas por serotipos que não os 16 e 18. Este estudo surge com o objetivo de avaliar a nossa prática clínica neste âmbito.
Material e Métodos: Realizámos um estudo observacional e prospetivo entre setembro de 2012 e setembro de 2017, com inclusão de mulheres com infeção cervical isolada com papiloma vírus humano de alto risco, excluindo os serotipos 16 e 18 (com citologia negativa). Após reavaliação, comparámos dois grupos: mulheres que apresentaram resolução espontânea da infeção e mulheres com infeção persistente. Foram analisados dados clínicos e demográficos bem como a taxa de progressão para lesões precursoras e malignas.
Resultados: Incluímos 165 mulheres e reavaliámos com co-teste 121 delas com pelo menos um ano de intervalo. Após reavaliação, 13,2% desenvolveram lesões precursoras, mas apenas duas (1,7%) foram consideradas de alto grau. Sessenta e sete mulheres (55,4%) apresentaram resolução espontânea da infeção e 54 (44,6%) mantiveram-na. As mulheres com infeção persistente desenvolveram mais lesões precursoras (27,8%; p < 0,001) e de alto grau (3,7%; p < 0,001). Constatou-se uma associação entre a persistência da infeção e pós-menopausa.
Discussão: A infecção cervical com serotipos 16/18 associa-se a uma maior risco de desenvolvimento de cancro cervical quando comparada com outros serotipos.
Conclusão: A reavaliação com co-teste um ano após o diagnóstico de infecção cervical isolada com papiloma vírus humano de alto risco, excluindo os serotipos 16 e 18, parece ser uma abordagem adequada.

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Publicado

2019-09-02

Como Citar

1.
Vargas S, Valente MP, Almeida MM de, Neves J, Calhaz-Jorge C. Infeção Cervical Isolada Com HPV de Alto Risco Excluindo os Serotipos 16/18: Reavaliação Após Um Ano. Acta Med Port [Internet]. 2 de Setembro de 2019 [citado 21 de Novembro de 2024];32(9):588-92. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/10183

Edição

Secção

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