Lipoproteína(a) na Avaliação do Risco Cardiovascular na População Portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10251Palavras-chave:
Aterosclerose, Doenças Cardiovasculares, Lipoproteína(a), Portugal, Prevenção PrimáriaResumo
Introdução: Valores elevados de lipoproteína(a), relacionados com a progressão da aterosclerose, são frequentemente considerados marcadores de trombose. O perfil de lipoproteína(a) foi avaliado num grupo de doentes sem eventos cardiovasculares mas com elevado risco vascular, estabelecendo-se a correlação com outros fatores de risco cardiovascular e inferindo-se os resultados para doentes com alterações metabólicas e, pelo menos, dois fatores de risco vascular.
Material e Métodos: Este estudo observacional longitudinal incluiu 516 doentes com, pelo menos, dois fatores de risco cardiovascular e que frequentavam, regularmente e há pelo menos dois anos, a consulta ambulatória de metabolismo e risco vascular para prevenção primária. Os parâmetros sociodemográficos, clínicos e antropométricos foram recolhidos na primeira visita. A morfologia hepática foi avaliada por ultrassonografia em 509 doentes (98,6%). O risco vascular a 10 anos foi estimado através de tabelas de cálculo de risco de Framingham, doença cardiovascular e risco coronário sistemático.
Resultados: Foram encontradas correlações significativas entre os níveis de lipoproteína(a) e os fatores de risco vasculares analisados, assim como entre lipoproteína(a) e as escalas de risco de Framingham, doença cardiovascular e risco coronário sistemático. Os valores de lipoproteína(a) apresentaram-se mais elevados em doentes com esteatose.
Discussão: Os valores elevados de lipoproteína(a) estão diretamente associados com todos os marcadores de risco cardiovascular e com esteatose hepática não alcoólica.
Conclusão: Como tal, considerando a sua elevada acessibilidade e custo reduzido, o marcador lipoproteína(a) deverá ser integrado na avaliação de rotina de doentes com risco vascular.
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