Nódulos Regenerativos Multiacinares do Fígado: Achados Imagiológicos e Implicações Clínicas
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10259Palavras-chave:
Doença Hepática Induzida Quimicamente, Doenças Hepáticas, Hiperplasia Nodular Focal do Fígado, Neoplasias Hepáticas, Regeneração Hepática, Ressonância MagnéticaResumo
Introdução: Nódulos regenerativos multiacinares são nódulos hepatocelulares benignos relacionados com alterações vasculares hepáticas. São muito semelhantes à hiperplasia nodular focal mas ocorrem num contexto diferente de doença hepática crónica. O objectivo deste trabalho foi descrever os achados imagiológicos principais destes nódulos e compará-los com um grupo controlo de hiperplasia nodular focal.
Material e Métodos: Foi efectuada uma revisão cega de estudos por ressonância magnética de 26 casos de nódulos regenerativos multiacinares e 25 de hiperplasia nodular focal, sendo os dois grupos comparados quanto à dimensão das lesões, morfologia, margens, estrutura, aspecto em T1, T2, difusão e após contraste (incluindo na fase hepatobiliar), presença de cicatriz central e halo hipointenso.
Resultados: Foram encontradas diferenças significativas entre nódulos regenerativos multiacinares e hiperplasia nodular focal quanto às dimensões das lesões (mediana 2,35 cm AIQ: 2,13 vs 6,00 cm AIQ: 5,20 respectivamente, p < 0,001), presença de halo hipointenso após contraste (n = 9 vs n = 2, p = 0,038) e de cicatriz central (n = 9 vs n = 20, p = 0,002). Não se observaram outras diferenças significativas.
Discussão: Nódulos regenerativos multiacinares e hiperplasia nodular focal são globalmente muito semelhantes mas a ausência de cicatriz central e a presença de halo hipointenso deve sugerir o diagnóstico de nódulos regenerativos multiacinares.
Conclusão: O reconhecimento dos achados imagiológicos de nódulos regenerativos multiacinares pode explicar alguns dos casos atípicos de hiperplasia nodular focal e prevenir biopsias desnecessárias. Pode também desencadear uma investigação mais aprofundada de anomalias vasculares hepáticas subjacentes eventualmente desconhecidas.
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