Habilitar Cabo Verde a Realizar Artroplastia Total da Anca: Estudo Custo-Benefício
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10405Palavras-chave:
Análise Custo-Benefício, Artroplastia Total da Anca/economia, Cabo Verde, Cuidados de SaúdeResumo
Introdução: Cabo Verde é um país de médio-desenvolvimento, que ainda beneficia de um robusto acordo de Saúde com Portugal. No que diz respeito à artroplastia total da anca, a falta de implantes impossibilita a sua realização. O objectivo deste estudo é realizar uma análise custo-benefício da habilitação de Cabo Verde a realizar artroplastia total da anca.
Material e Métodos: Recolhemos dos registos do Serviço de Ortopedia do Hospital Dr Baptista de Sousa e Direção Geral de Saúde Portuguesa, casos de fratura proximal do fémur com indicação para artroplastia total da anca e casos de artrose da anca evacuados para Portugal. Calculámos os custos diretos do tratamento destes doentes e supusemos o custo de realizar artroplastia total da anca em Cabo Verde. Efetuámos uma análise custo-benefício.
Resultados: De 2011 a 2016, 126 doentes (135 ancas) teriam indicação para artroplastia total da anca. Comparando com a presente situação, habilitar Cabo Verde a realizar artroplastia total da anca resultaria num benefício global de €80 644,08, um benefício de €597,36/por doente.
Discussão: A nossa análise indica que habilitar Cabo Verde a realizar artroplastia total da anca autonomamente para doentes com fractura proximal do fémur e coxartrose teria um retorno financeiro positivo. Os custos encontram-se subestimados, pela impossibilidade de calcular custos indiretos. Esta mudança permitiria oferecer o tratamento recomendado para os casos de fratura e reduziria o impacto sócio-psicológico dos doentes evacuados.
Conclusão: Habilitar Cabo Verde a realizar artroplastia total da anca representaria uma redução de gastos e simultaneamente permitiria melhorar a qualidade dos cuidados de Saúde e autonomia do país.
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