Desenvolvimento e Avaliação de um Índice Global de Burnout a Partir da Aplicação do Inventário de Burnout de Copenhaga em Médicos Portugueses

Autores

  • Teresa Lapa Anaesthesiology Service. Coimbra Hospital and University Centre. Coimbra. Faculty of Health Sciences. University of Beira Interior. Covilhã.
  • Sérgio Carvalho Cognitive-Behavioural Research Centre. University of Coimbra. Coimbra.
  • Joaquim Viana Anaesthesiology Service. Coimbra Hospital and University Centre. Coimbra.
  • Pedro Lopes Ferreira Faculty of Economics. University of Coimbra. Coimbra. Centre for Health Studies and Research. University of Coimbra. Coimbra.
  • José Pinto-Gouveia Cognitive-Behavioural Research Centre. University of Coimbra. Coimbra.
  • Adriana Belo-Cabete Department of Biostatistics. University of Coimbra. Coimbra.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.10407

Palavras-chave:

Anestesiologia, Esgotamento Profissional, Inquéritos e Questionários, Portugal, Stress Psicológico

Resumo

Introdução: O Inventário de Burnout de Copenhaga foi desenvolvido de forma a ultrapassar as limitações dos instrumentos de avaliação de burnout existentes. Especificamente, o Inventário de Burnout de Copenhaga mede o componente principal do burnout, a exaustão, em três domínios: pessoal, relacionado com o trabalho, e relacionado com o doente. Além disso, alguns autores têm sugerido a necessidade de um índice global de burnout.
Material e Métodos: Este estudo seguiu um desenho transversal em uma amostra de médicos portugueses (n = 1348). Os símbolos estatísticos aparecem a itálico. Foram realizadas análises fatoriais confirmatórias e a estrutura dos três fatores do Inventário de Burnout de Copenhaga foi testada. Adicionalmente, foi testado o ajustamento de um modelo com um fator de segunda ordem que permitisse medir um índice global de burnout.
Resultados: A análise fatorial confirmatória mostrou um bom ajustamento dos modelos, quer do modelo com três fatores, quer do modelo unifatorial, tendo o último um melhor ajustamento. O Inventário de Burnout de Copenhaga mostrou boas propriedades psicométricas para ambas as estruturas, com boa confiabilidade de acordo com os alfas de Cronbach e a variância extraída da média entre os fatores. O Inventário de Burnout de Copenhaga global correlaciona-se positivamente com a depressão, ansiedade, e sintomas de stress, assim como com a ruminação, e negativamente com a satisfação com a vida.
Discussão: O presente estudo apresenta resultados que sugere que o Inventário de Burnout de Copenhaga é uma medida válida de burnout nos médicos portugueses, contribuindo com um instrumento capaz de produzir um índice global de burnout. Este instrumento permite fornecer informação compreensiva sobre as diferentes dimensões associadas ao desenvolvimento de burnout, assim como apresentar um valor global do burnout. Os resultados mostraram que os participantes que apresentaram niveis mais elevados de burnout também têm mais sintomatologia depressiva, ansiosa e de stress, mais ruminação, e menos satisfação com a vida.
Conclusão: A existência de um índice global de burnout permite estudos exploratórios sobre o nível de exaustão global, possibilitando a sua comparação entre diferentes grupos de forma não circunscrita a aspetos específicos da profissão.

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Publicado

2018-10-31

Como Citar

1.
Lapa T, Carvalho S, Viana J, Ferreira PL, Pinto-Gouveia J, Belo-Cabete A. Desenvolvimento e Avaliação de um Índice Global de Burnout a Partir da Aplicação do Inventário de Burnout de Copenhaga em Médicos Portugueses. Acta Med Port [Internet]. 31 de Outubro de 2018 [citado 22 de Novembro de 2024];31(10):534-41. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/10407

Edição

Secção

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