Desenvolvimento e Avaliação de um Índice Global de Burnout a Partir da Aplicação do Inventário de Burnout de Copenhaga em Médicos Portugueses
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10407Palavras-chave:
Anestesiologia, Esgotamento Profissional, Inquéritos e Questionários, Portugal, Stress PsicológicoResumo
Introdução: O Inventário de Burnout de Copenhaga foi desenvolvido de forma a ultrapassar as limitações dos instrumentos de avaliação de burnout existentes. Especificamente, o Inventário de Burnout de Copenhaga mede o componente principal do burnout, a exaustão, em três domínios: pessoal, relacionado com o trabalho, e relacionado com o doente. Além disso, alguns autores têm sugerido a necessidade de um índice global de burnout.
Material e Métodos: Este estudo seguiu um desenho transversal em uma amostra de médicos portugueses (n = 1348). Os símbolos estatísticos aparecem a itálico. Foram realizadas análises fatoriais confirmatórias e a estrutura dos três fatores do Inventário de Burnout de Copenhaga foi testada. Adicionalmente, foi testado o ajustamento de um modelo com um fator de segunda ordem que permitisse medir um índice global de burnout.
Resultados: A análise fatorial confirmatória mostrou um bom ajustamento dos modelos, quer do modelo com três fatores, quer do modelo unifatorial, tendo o último um melhor ajustamento. O Inventário de Burnout de Copenhaga mostrou boas propriedades psicométricas para ambas as estruturas, com boa confiabilidade de acordo com os alfas de Cronbach e a variância extraída da média entre os fatores. O Inventário de Burnout de Copenhaga global correlaciona-se positivamente com a depressão, ansiedade, e sintomas de stress, assim como com a ruminação, e negativamente com a satisfação com a vida.
Discussão: O presente estudo apresenta resultados que sugere que o Inventário de Burnout de Copenhaga é uma medida válida de burnout nos médicos portugueses, contribuindo com um instrumento capaz de produzir um índice global de burnout. Este instrumento permite fornecer informação compreensiva sobre as diferentes dimensões associadas ao desenvolvimento de burnout, assim como apresentar um valor global do burnout. Os resultados mostraram que os participantes que apresentaram niveis mais elevados de burnout também têm mais sintomatologia depressiva, ansiosa e de stress, mais ruminação, e menos satisfação com a vida.
Conclusão: A existência de um índice global de burnout permite estudos exploratórios sobre o nível de exaustão global, possibilitando a sua comparação entre diferentes grupos de forma não circunscrita a aspetos específicos da profissão.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons