Escolhas Terapêuticas Iniciais para a Diabetes Tipo 2 na Rede de Médicos Sentinela
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10414Palavras-chave:
Cuidados de Saúde Primários, Diabetes Mellitus Tipe 2/tratamento, Hipoglicemiantes, Portugal, Vigilância de Evento SentinelaResumo
Introdução: A diabetes tipo 2 tem um peso significativo nas despesas com medicamentos. Determinámos a proporção de novos doentes que iniciaram tratamento com cada classe de antidiabéticos, se o tratamento foi iniciado pelos médicos de família, se estes alteram as prescrições de outros médicos e comparámos padrões de prescrição de médicos de família e outros especialistas.
Material e Métodos: Estudo transversal aninhado em coorte na Rede de Médicos Sentinela. Entre 2014 e 2015 casos incidentes de diabetes tipo 2 foram notificados, reportando o tratamento, quem fez a prescrição inicial e se tratamentos iniciados por outros médicos foram alterados.
Resultados: Foram notificados 415 casos incidentes. Os Médicos Sentinela fizeram a prescrição inicial em 89,4% dos casos (IC 95% 86,0% - 92,0%). O tratamento inicial mais escolhido foi a metformina, em 85,5% dos doentes (IC 95% 81,8% - 88,6%). Os médicos de família utilizaram menos inibidores da dipeptidil peptidase-4 (4,2% vs 30,3%, p < 0,001) e insulina (0,3% vs 12,1%, p < 0,001) que outros especialistas. As prescrições iniciadas por outros foram alteradas em 4,5% dos casos (IC 95% 0,4% - 16,0%).
Discussão: A colheita prospectiva dos dados é um ponto forte, mas foram notificados poucos casos de tratamento iniciado por outros especialistas. Dados sobre a gravidade da doença não estavam disponíveis e podem explicar parte das diferenças entre médicos de família e outros especialistas.
Conclusão: A metformina foi o tratamento inicial mais escolhido, em linha com as recomendações das normas de orientação clínica Portuguesas. Os médicos da Rede Sentinela diagnosticaram a maioria dos casos, raramente alteraram prescrições iniciadas por outros e tiveram um padrão de prescrição diferente de outros especialistas.
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