Hepatite E Aguda Severa em Mulher com História Auto-imune

Autores

  • Maria S.J. Nascimento Laboratório de Microbiologia. Departamento de Ciências Biológicas. Faculdade de Farmácia. Universidade do Porto. Porto. Epidemiology Research Unit. Instituto de Saúde Pública. Universidade do Porto. Porto. https://orcid.org/0000-0002-6157-4978
  • Madalena Almeida-Santos Laboratório de Patologia Clínica. Hospital Curry Cabral. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa.
  • Maria Fernandes Laboratório de Patologia Clínica. Hospital Curry Cabral. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa.
  • Fernando Maltez Serviço de Doenças Infeciosas. Hospital Curry Cabral. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa.
  • Sara Lino Serviço de Doenças Infeciosas. Hospital Curry Cabral. Centro Hospitalar Lisboa Central. Lisboa.
  • Martin D. Curran Clinical Microbiology and Public Health Laboratory. Addenbrooke´s Hospital. Cambridge.
  • João R. Mesquita Epidemiology Research Unit. Instituto de Saúde Pública. Universidade do Porto. Porto. Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.10429

Palavras-chave:

Doença Aguda, Doenças Autoimunes, Hepatite E/imunologia, Vírus da Hepatite E

Resumo

As infeções pelo vírus da hepatite E do genótipo 3 são normalmente assintomáticas em indivíduos imunocompetentes. Os casos sintomáticos de hepatite E aguda ictérica são raramente observados em mulheres, crianças e jovens adultos, sendo mais frequentes em homens de meia-idade e idosos. Descrevemos um caso de hepatite aguda severa com hospitalização prolongada numa mulher imunocompetente de 40 anos causada pelo vírus da hepatite E do genótipo 3. Da sua história clínica destacavam-se doenças autoimunes, nomeadamente gastrite atrófica e doença de Graves. A mulher apresentava uma necrose hepática grave, revelada pelos altos níveis de aminotransferases (ALT 4893 U/L; AST 3138 U/L), e distúrbios de coagulação (tempo de protrombina; INR = 1,33). Os marcadores serológicos para os vírus das hepatites A, B e C foram negativos; a pesquisa de ARN do vírus da hepatite E foi positiva no soro. A sequenciação e a análise filogenética revelaram que o vírus da hepatite E em causa pertencia ao subgenótipo 3a. Os autores sugerem uma associação entre a infeção aguda severa causada pelo vírus da hepatite E genótipo 3 e o historial autoimune da mulher.

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Biografia Autor

Maria S.J. Nascimento, Laboratório de Microbiologia. Departamento de Ciências Biológicas. Faculdade de Farmácia. Universidade do Porto. Porto. Epidemiology Research Unit. Instituto de Saúde Pública. Universidade do Porto. Porto.

PhD, Agregation, Full Professor

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Publicado

2020-06-01

Como Citar

1.
Nascimento MS, Almeida-Santos M, Fernandes M, Maltez F, Lino S, Curran MD, Mesquita JR. Hepatite E Aguda Severa em Mulher com História Auto-imune. Acta Med Port [Internet]. 1 de Junho de 2020 [citado 22 de Novembro de 2024];33(6):425-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/10429

Edição

Secção

Caso Clínico