Recomendações e Consensos do Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla e da Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia sobre Ressonância Magnética na Esclerose Múltipla na Prática Clínica: Parte 1
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10503Palavras-chave:
Doenças Desmielinizantes, Esclerose Múltipla, Protocolos, Ressonância MagnéticaResumo
Introdução: A esclerose múltipla caracteriza-se pela presença de lesões inflamatórias a nível do encéfalo e medula espinhal. A ressonância magnética é atualmente um exame indispensável no diagnóstico, na avaliação da atividade da doença e na resposta ao tratamento. Embora na nossa prática as vantagens da ressonância magnética estejam bem estabelecidas, continuam a existir dificuldades técnicas (uso de sequências e protocolos não padronizados) e clínicas (frequência de exames não adequada) que podem dificultar o diagnóstico e o seguimento dos doentes. Neste contexto, o Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla e a Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia, após discussão conjunta, designaram um comité de peritos para a criação de recomendações adaptadas à realidade nacional sobre a utilização da ressonância magnética na esclerose múltipla. O objetivo deste documento é publicar as primeiras recomendações de consenso portuguesas sobre a utilização da ressonância magnética na esclerose múltipla
na prática clínica.
Material e Métodos: O Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla e a Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia, após discussão do tema em reuniões de âmbito nacional e de uma reunião do grupo de trabalho que teve lugar na Figueira da Foz em maio de 2017, designaram um comité de peritos que elaboraram por método de consenso vários protocolos padronizados sobre o uso da ressonância magnética no diagnóstico e seguimento da esclerose múltipla. O documento teve como base a melhor evidência científica e a opinião dos peritos. Posteriormente, o documento foi enviado para escrutínio à maioria dos responsáveis de consulta de esclerose múltipla e dos departamentos de neurorradiologia; os comentários e sugestões foram considerados. Os protocolos técnicos referentes à aquisição de imagem e a informação que deverá constar no relatório destes exames serão publicados numa publicação separada.
Resultados: Neste artigo são propostas várias orientações práticas para promover estratégias padronizadas para serem aplicadas na prática clínica dos profissionais de saúde portugueses no que se refere ao uso da ressonância magnética na esclerose múltipla.
Conclusão: Os autores esperam que estas primeiras orientações portuguesas, sobre a utilização da ressonância magnética na esclerose múltipla na prática clínica, baseadas nas melhores evidências e práticas clínicas disponíveis, sirvam para otimizar a gestão da esclerose múltipla e melhorar o tratamento destes doentes em Portugal.
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