CoFI - Consenso Sobre Fórmulas Infantis: A Opinião de Peritos Portugueses sobre a Sua Composição e Indicações
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10620Palavras-chave:
Consenso, Fórmulas Infantis, Técnica DelphiResumo
Introdução: O aleitamento materno tem benefícios únicos, sendo recomendado em exclusividade até ao sexto mês de idade e mantido durante a diversificação alimentar. Como alternativa, podem ser usadas fórmulas infantis, as quais procuram mimetizar o leite humano, promovendo um perfil metabólico e de crescimento semelhantes. Este estudo pretendeu avaliar a opinião de pediatras portugueses relativamente à composição, alegados benefícios e indicações das fórmulas infantis comercializadas em Portugal.
Material e Métodos: Estudo baseado no método de Delphi, com a aplicação de um questionário desenvolvido por uma comissão científica a um painel de pediatras peritos em nutrição pediátrica. O questionário foi aplicado em duas voltas, tendo a versão inicial 65 itens abrangendo 11 temas.
Resultados: Participaram 21 peritos, tendo sido atingida, após as duas voltas, 87,5% de respostas. Este painel foi consensual em 68,3% dos itens, nomeadamente na indicação das fórmulas infantis apenas nos que não podem beneficiar de aleitamento materno. O painel teve opiniões heterogéneas numa série de questões, destacando-se as relacionadas com vantagens e indicações das fórmulas ‘especiais’ ou modificadas (hidrólise parcial da proteína, anticólica, antirregurgitação e antiobstipação) e das fórmulas ‘de crescimento’ durante o segundo ano de vida.
Discussão: Houve um consenso alargado dos peritos quanto à qualidade nutricional, segurança alimentar e indicações atribuídas às fórmulas infantis comercializadas, nomeadamente as fórmulas para lactente e de transição.
Conclusão: O painel foi consensual relativamente à maioria dos tópicos inquiridos. A ausência de consenso verificou-se, de forma geral, em questões que na literatura permanecem em debate e carecem de evidência científica robusta.
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