Referenciação Tardia da Ambliopia Anisometrópica: Estudo Retrospetivo dos Diferentes Subtipos de Ambliopia

Autores

  • Maria João Vieira School of Medicine. University of Minho. Braga. Portugal. Department of Ophthalmology. Hospital de Santo André. Centro Hospitalar de Leiria. Leiria.
  • Sandra Viegas Guimarães Life and Health Sciences Research Institute. School of Medicine. University of Minho. Braga. ICVS/3Bs. PT Government Associate Laboratory. Braga/Guimarães. Department of Ophthalmology. Hospital de Braga. Braga.
  • Patrício Costa Life and Health Sciences Research Institute. School of Medicine. University of Minho. Braga. ICVS/3Bs. PT Government Associate Laboratory. Braga/Guimarães. Clinical Academic Center-Braga. Braga.
  • Eduardo Silva Centro Cirúrgico de Coimbra. Coimbra. IBILI. Faculty of Medicine. University of Coimbra. Coimbra. Department of Ophthalmology. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisbon.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.10623

Palavras-chave:

Ambliopia/epidemiologia, Anisometropia/epidemiologia

Resumo

Introdução: A ambliopia requer uma abordagem atempada para uma máxima recuperação visual. Não existe informação sobre a idade de referenciação da ambliopia. O presente artigo pretende perceber se há diferenças na idade média de referenciação para consulta terciária de Oftalmologia, entre não-amblíopes e amblíopes, num contexto sem rastreio implementado.
Material e Métodos: A amostra correspondeu a todas as crianças nascidas no Hospital de Braga entre 1997 - 2012 (3 - 18 anos de idade), com consulta de Oftalmologia em 2014. A informação foi recolhida pelos registos clínicos, tendo sido criado o grupo nãoamblíope e amblíope, dividido em estrábico e refrativo (anisometrópico/bilateral).
Resultados: A amostra contemplou 1665 participantes, 1369 (82,2%) não-amblíopes e 296 (17,8%) amblíopes. Dentro das ambliopias: 67,9% (n = 201) refrativas e 32,1% (n = 95) estrábicas. Nas ambliopias refrativas: 63,7% (n = 128) anisometrópicas e 36,3% (n = 73) bilaterais. A média de idades na primeira consulta foi de 6,24 ± 3,90 anos, 6,39 ± 3,98 nos não-amblíopes e 5,76 ± 3,58 nos amblíopes. Dentro dos subgrupos de ambliopia, existiram diferenças significativas na idade na primeira consulta (F3,1250 = 8,45; p < 0,001; η2 = 0,020). As ambliopias estrábicas e as refrativas bilaterais foram referenciadas mais cedo, quando comparadas com não-amblíopes ou ambliopias anisometrópicas (p < 0,05). A ambliopia anisometrópica teve a maior média de idade na primeira consulta: 6,92 ± 3,57 anos de idade.
Discussão: Sem um rastreio pré-escolar específico, os amblíopes foram referenciados para a primeira observação oftalmológica significativamente mais tarde do que o desejado, especialmente a ambliopia anisometrópica, com uma idade pós-escolar de média para a primeira avaliação oftalmológica.
Conclusão: Identificar crianças de alto risco é essencial para uma referenciação precoce, ajudando a minimizar consequências visuais.

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Publicado

2019-03-29

Como Citar

1.
Vieira MJ, Guimarães SV, Costa P, Silva E. Referenciação Tardia da Ambliopia Anisometrópica: Estudo Retrospetivo dos Diferentes Subtipos de Ambliopia. Acta Med Port [Internet]. 29 de Março de 2019 [citado 22 de Novembro de 2024];32(3):179-82. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/10623

Edição

Secção

Original