Experiência de um Centro Português: Eficácia dos Antivirais de Acção Directa no Tratamento da Hepatite C

Autores

  • Fátima Falcão Pharmacy and Therapeutics Committee. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. Pharmacy Department. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. Department of Pharmacy Practice. Faculty of Pharmacy. University of Lisbon. Lisboa.
  • Carla Lopes Pharmacy Department. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Erica Viegas Pharmacy and Therapeutics Committee. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. Pharmacy Department. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. Department of Pharmacy Practice. Faculty of Pharmacy. University of Lisbon. Lisboa.
  • Rita Perez Pharmacy and Therapeutics Committee. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Isabel Aldir Pharmacy and Therapeutics Committee. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. Infecciology. Hospital de Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Helena Farinha Pharmacy and Therapeutics Committee. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. Pharmacy Department. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • António Carvalho Pharmacy and Therapeutics Committee. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Ana Mirco Pharmacy and Therapeutics Committee. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. Pharmacy Department. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. Department of Pharmacy Practice. Faculty of Pharmacy. University of Lisbon. Lisboa.
  • Susana Marques Gastroenterology. Hospital de Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Tiago Bana e Costa Gastroenterology. Hospital de Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Ana Cláudia Miranda Infecciology. Hospital de Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Luís Lebre Gastroenterology. Hospital de Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Paula Peixe Gastroenterology. Hospital de Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Cristina Chagas Gastroenterology. Hospital de Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Kamal Mansinho Infecciology. Hospital de Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • José Manuel Correia Pharmacy and Therapeutics Committee. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.10655

Palavras-chave:

Antivirais/uso terapêuttico, Hepatite C Crónica/tratamento, Portugal, Vírus da Hepatite C/efeitos dos fármacos

Resumo

Introdução: No final de 2014 foi implementado em Portugal um programa nacional para o tratamento de doentes com infecção crónica por vírus da hepatite C com recurso a antivíricos de acção directa. Este programa fez com que Portugal fosse um dos primeiros países europeus a implementar uma medida estruturante para a eliminação da hepatite C. Este estudo tem como objectivo a avaliação da efectividade dos antivíricos de acção directa no tratamento da hepatite C crónica.
Material e Métodos: Estudo retrospectivo observacional dos doentes seguidos no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2017. O objectivo primário do estudo é avaliar a resposta virológica sustentada a partir das 12 semanas pós tratamento. Analisámos os dados com o programa SPSS 17.0.
Resultados: Durante o período do estudo 820 doentes completaram o tratamento e o tempo necessário para avaliação da resposta virológica sustentada. A resposta virológica sustentada global foi de 97.2% (n = 797), com taxas de resposta de 97,2%, 98,5%, 90,9%, 95,1% e 94,2% para os genótipos 1a, 1b, 2, 3 e 4, respectivamente. Os dados sugerem não haver relação entre a fibrose avançada (F3 / F4), a coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana e a falência do tratamento com interferão e ribavirina e uma menor resposta ao tratamento. A maioria dos doentes (80,1%) concluiu o tratamento com ledipasvir/sofosbuvir ± ribavirina. Os eventos adversos mais frequentes foram a fadiga e a insónia, seguida de dor de cabeça e perda de peso.
Discussão: A população em estudo apresentou maior prevalência de infecção pelo genótipo 1, à semelhança dos restantes países Europeus, contudo a prevalência do genótipo 4 foi superior, reflectindo a imigração africana. A faixa etária (22 - 90 anos) dos doentes tratados reflecte uma nova abordagem sem limite superior de idade. A taxa de RVS obtida, muito superior à obtida com regimes baseados em interferão, foi consistente com os dados dos ensaios clínicos.
Conclusão: Os dados encontrados demonstram que os regimes baseados em antivirais de acção directa, em contexto de vida real, são seguros e eficazes no tratamento de doentes com infecção por vírus da hepatite C.

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Publicado

2019-03-29

Como Citar

1.
Falcão F, Lopes C, Viegas E, Perez R, Aldir I, Farinha H, Carvalho A, Mirco A, Marques S, Bana e Costa T, Miranda AC, Lebre L, Peixe P, Chagas C, Mansinho K, Correia JM. Experiência de um Centro Português: Eficácia dos Antivirais de Acção Directa no Tratamento da Hepatite C. Acta Med Port [Internet]. 29 de Março de 2019 [citado 30 de Junho de 2024];32(3):189-94. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/10655

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