O que Sabem os Viajantes Portugueses Sobre Malária? Avaliação Pré-Consulta de Medicina de Viagem
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10656Palavras-chave:
Malária, Medicina de Viagem, PortugalResumo
Introdução: O conhecimento das formas de transmissão, prevenção e clínica de malária é fundamental para a proteção dos viajantes nas deslocações para zonas endémicas. O que sabem os viajantes portugueses sobre malária previamente à consulta de Medicina de Viagem? Como poderemos através dessas consultas colmatar falhas nesse conhecimento?
Material e Métodos: A 80 viajantes adultos, foi solicitado, antes da entrada na consulta, o preenchimento de um questionário dividido em dados demográficos, características da viagem e questões sobre malária. Na análise estatística dos resultados usámos métodos de Estatística Descritiva e de Análise de Variância Multifatorial.
Resultados: Os viajantes tinham idades entre 20 - 80 anos, 51% eram do sexo masculino e 74% tinham escolaridade superior. Para 74% dos viajantes esta foi a primeira Consulta de Medicina de Viagem. Em metade dos viajantes a duração da viagem era inferior a 14 dias e maioritariamente viajaram por lazer. Em média cada viajante respondeu corretamente a 63% das questões. Viajantes com consultas prévias evidenciam uma diferença estatísticamente significativa nesse conhecimento relativamente aos que recorrem pela primeira vez, que, na nossa amostra, se observou sobretudo nos viajantes que não têm escolaridade superior. O reconhecimento de manifestações clínicas e formas de prevenção revelam menos respostas corretas.
Discussão: Nestes viajantes os conhecimentos sobre malária revelaram-se razoáveis mas persistem conceções erradas.
Conclusão: A consulta de Medicina de Viagem é importante para o conhecimento sobre malária, sobretudo nos viajantes sem escolaridade superior. Prevenção e sintomas de malária devem ser especialmente focados e a informação deve-se adequar às características do viajante.
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