Raiva Humana: Optimização da Prevenção e Caminhos Para a Cura

Autores

  • Paulo Conceição Faculdade de Medicina do Porto. Porto. https://orcid.org/0000-0002-0026-5581
  • Cândida Abreu Serviço de Doenças Infeciosas. Centro Hospitalar Universitário São João. Porto. Departamento de Medicina. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Instituto de Inovação e Investigação em Saúde [I3S]. Instituto Nacional de Engenharia Biomédica. Porto. https://orcid.org/0000-0001-6464-7063

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.10657

Palavras-chave:

Imunoglobulina, Raiva/imunologia, Raiva/prevenção e controlo, Raiva/tratamento, Vacinas Antirrábicas

Resumo

Introdução: A raiva é uma das doenças infecciosas mais antigas e fatais conhecidas pelo ser humano e é maioritariamente transmitida por mordeduras de animais. O cão é o principal vector. A raiva não possui uma terapia curativa aprovada e a sua prevenção ainda que possua altas taxas de eficácia, é complexa, dispendiosa e nem sempre conseguida, muito devido às dificuldades de acesso da imunoglobulina. Esta revisão pretende analisar uma abordagem prática de uma prevenção custo-efectiva e as perspectivas futuras em desenvolvimento de uma cura eficaz e segura.
Material e Métodos: Foi utilizada a base de dados da PubMed para pesquisa bibliográfica. Usaram-se os termos MeSH: ‘rabies’, ‘preexposure prophylaxis’, ‘postexposure prophylaxis’, ‘rabies immune globulin’, ‘treatment’ e ‘Milwaukee Protocol’.
Resultados: Relativamente à raiva, é importante executar os protocolos de prevenção atempadamente, devido à imprevisível janela de tempo entre a infecção e a sintomatologia. A literatura mostra que é possível reduzir a dose de vacina mantendo uma eficiente imunização, e que doses de reforço só são necessárias em grupos/populações de risco.
Discussão: A actual filosofia de uma prevenção custo-efectiva, que assenta na vacinação canina, restrição de sobredose das vacinas usadas em seres humanos e o uso inteligente da imunoglobulina rábica – irá permitir maior acessibilidade da prevenção da doença aos países que mais carecem dela. Encontram-se em progresso terapias promissoras, ainda em estadios precoces de estudo.
Conclusão: O desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas e profilácticas mais eficazes é um objectivo ainda não alcançado e depende de uma melhor compreensão da patogénese subjacente à doença.

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Publicado

2021-11-02

Como Citar

1.
Conceição P, Abreu C. Raiva Humana: Optimização da Prevenção e Caminhos Para a Cura. Acta Med Port [Internet]. 2 de Novembro de 2021 [citado 30 de Junho de 2024];34(11):767-73. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/10657

Edição

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