Prescrição Inapropriada em Idosos numa Enfermaria de Medicina Interna

Autores

  • Joana Urzal Departamento de Medicina Interna. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca. Amadora.
  • Ana Bárbara Pedro Departamento de Medicina Interna. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca. Amadora.
  • Inês Ferraz de Oliveira Departamento de Medicina Interna. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca. Amadora.
  • Inês Romero Departamento de Medicina Interna. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca. Amadora.
  • Miguel Achega Departamento de Medicina Interna. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca. Amadora.
  • Iuri Correia Departamento de Medicina Interna. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca. Amadora.
  • Fernando Aldomiro Departamento de Medicina Interna. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca. Amadora.
  • João Augusto Departamento de Cardiologia. Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca. Amadora.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.10683

Palavras-chave:

Desprescrições, Idoso, Polimedicação, Portugal, Prescrição Inadequada

Resumo

Introdução: A polimedicação é observada nos doentes idosos e está associada a um maior risco de reações adversas, efeitos secundários e interações. Os clínicos devem atentos à prescrição inapropriada e à redução da polimedicação.

Material e Métodos:
Estudo observacional, longitudinal, retrospetivo e descritivo, realizado numa enfermaria de medicina interna num hospital português. Definimos a polimedicação como o uso de cinco ou mais medicamentos. O objetivo foi descrever a prevalência da polimedicação e a prescrição inapropriada, na admissão e alta, de acordo com as guidelines/algoritmos definidos em deprescribing.org. Admitimos 838 doentes entre janeiro e julho de 2017. Excluímos todos aqueles com idade inferior a 65 anos e óbitos. A medicação dos doentes foi revista a partir da base de dados hospitalar, à admissão e à data de alta. Examinámos se os doentes estavam a tomar anticoagulantes, inibidores da bomba de protões, benzodiazepinas, antipsicóticos e/ou anti hiperglicémicos.

Resultados: Incluímos 483 doentes, com média de idade de 79,2 ± 8,0 anos, e 42% dos quais eram homens. A mediana da medicação à admissão e à alta foi seis. A polimedicação estava presente em mais de 70% dos doentes admitidos. Os inibidores da bomba de protões foram a classe mais inapropriadamente prescrita à data de alta (17,2%).

Discussão: Demonstrámos um uso reduzido de fármacos inapropriados (11,2% - 17,2%) nos idosos, à alta hospitalar, quando comparado com outros estudos.

Conclusão: Demonstrámos que a polimedicação estava presente em mais de 70% dos idosos admitidos. Contudo, a taxa de prescrição inapropriada não afetou significativamente a polimedicação na admissão e na alta, sendo inferior aos dados publicados.

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Publicado

2019-02-28

Como Citar

1.
Urzal J, Pedro AB, de Oliveira IF, Romero I, Achega M, Correia I, Aldomiro F, Augusto J. Prescrição Inapropriada em Idosos numa Enfermaria de Medicina Interna. Acta Med Port [Internet]. 28 de Fevereiro de 2019 [citado 22 de Novembro de 2024];32(2):141-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/10683

Edição

Secção

Original