Ustekinumab no Tratamento de Psoríase Moderada a Grave: Experiência em 116 Doentes da Prática Clínica
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10728Palavras-chave:
Biológicos/uso terapêutico, Psoríase/tratamento, Ustekinumab/uso terapêuticoResumo
Introdução: O ustekinumab é um anticorpo monoclonal dirigido contra a subunidade p40 presente nas IL-12 e 23. A evidência da sua eficácia e segurança em ensaios clínicos é amplamente conhecida. No entanto a evidência da sua utilização na prática clínica é relativamente limitada na população Portuguesa. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência de dois serviços de dermatologia Portugueses no tratamento da psoríase moderada a grave com ustekinumab.
Material e Métodos: Foram avaliados os dados clínicos, demográficos, e de resposta terapêutica ao ustekinumab em 116 doentes com psoríase tratados entre novembro de 2009 e dezembro de 2015.
Resultados: Observou-se uma resposta terapêutica ≥ PASI75 em 67,2%, 85,3%, 89,6% e 88,7% dos doentes às semanas 4, 12, 24 e 52, respetivamente. O ustekinumab foi descontinuado em sete doentes (três por falências primárias, três por falências secundárias e um por evento adverso). Não foram observados eventos cardiovasculares nem reativações de infecções prévias (tuberculose, hepatite B). Em nove doentes foi utilizado em simultâneo metotrexato, e em catorze foi necessário otimizar a dose de ustekinumab. Não foram observados efeitos colaterais nestes grupos. A resposta terapêutica foi superior nos doentes naïve a terapêuticas biológicas comparativamente com os doentes não-naïve. Observou-se uma tendência para resposta clínica inferior nos doentes com peso entre 90 – 100 kg.
Discussão e Conclusão: Este estudo confirma a segurança e eficácia de ustekinumab no tratamento da psoríase moderada a grave em doentes da prática clínica real, sustenta a eficácia mesmo nos doentes previamente expostos a terapêutica biológica e aponta para a possível necessidade de ajustar a dose a partir dos 90 kg.
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