Perfil Epidemiológico dos Isolamentos dos Microrganismos ‘Problema’
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10838Palavras-chave:
Infecção/epidemiologia, Portugal, Resistência Microbiana a MedicamentosResumo
Introdução: As infeções são um problema cada vez mais frequente e a presença de microrganismos resistentes cria impacto clínico e económico. Este estudo tem por objetivo determinar o perfil epidemiológico dos microrganismos ‘problema’ isolados num hospital do norte de Portugal.
Material e Métodos: Foram analisados todos os isolamentos microbiológicos, entre janeiro de 2014 a junho de 2015. Os dados foram tratados em software estatístico.
Resultados: Analisaram-se 8146 isolamentos microbiológicos, nos quais se obtiveram 23% de isolamentos de microrganismos ‘problema’ (por ordem decrescente de frequência: Enterococcus, Pseudomonas, Staphylococcus aureus e Streptococcus pneumonia), sendo 57,55% em doentes do sexo masculino. O mecanismo de resistência mais frequente foi a produção de betalactamase de espectro estendido no global dos isolamentos e a resistência à oxacilina nos microrganismos ‘problema’.
Discussão: Nesta amostra, observou-se uma incidência bastante superior de microrganismos problema àquela publicada noutros países, o que remete para a necessidade da melhoria de mecanismos de vigilância e tratamento destes casos. Os microrganismos que apresentaram mais resistências foram o Staphylococcus aureus (resistente à oxacilina) e o Enterococcus (resistente à vancomicina), tendo-se verificado que a média de idades nestes casos era superior à dos não resistentes. A maioria destes microrganismos foi isolada no internamento e unidades de cuidados diferenciados, o que os relaciona a infeções associadas aos cuidados de saúde.
Conclusão: A prevalência de infeção por microrganismos ‘problema’ no período estudado foi de 23%. É importante a deteção e o controle da disseminação destes microrganismos pelo seu impacto nos custos em saúde, morbilidade e sobrevida dos doentes.
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