Variação da Pressão Venosa Portal durante Hepatectomia: Um Estudo Prospectivo
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10892Palavras-chave:
Hepatectomia, Pressão Portal, Veia PortaResumo
Introdução: O aumento da pressão venosa portal para o remanescente hepático é um fator independente para falência hepática após hepatectomia e síndrome small-for-size. Estudos anteriores não consideram o valor de pressão portal prévio à hepatectomia. O objetivo deste estudo é analisar o impacto da variação da pressão portal durante a hepatectomia na evolução clínica pós-operatória.
Material e Métodos: Estudo observacional prospetivo, incluindo 30 doentes submetidos a medição intraoperatória da pressão portal antes e após hepatectomia, relacionando esta variação com a evolução clínica pós-operatória. Avaliação similar foi efetuada num grupo de controlo. Fatores relacionados com o doente, doença e procedimento foram considerados. Determinou-se o valor ideal de variação da pressão portal. Regressão linear ou logística foram aplicadas para identificar fatores preditores de evolução clínica.
Resultados: A análise univariada mostrou que um aumento de pressão portal após hepatectomia associa-se a deterioração da coagulação nos primeiros 30 dias após hepatectomia (p < 0,05), a complicações major (p = 0,01) como a falência hepática após hepatectomia (p = 0,041). A análise multivariada mostrou que um aumento de pressão portal ≥ 2 mmHg é um fator independente para a evolução clínica pós-operatória desfavorável.
Discussão: Após hepatectomia, para além do remanescente hepático funcional, outros fatores são responsáveis pela deterioração da função hepática e pela morbimortalidade, como o aumento da pressão portal e a exposição prévia a quimioterapia. Este trabalho contribui para a definição futura das indicações para modulação do influxo portal.
Conclusão: Um aumento de pressão portal ≥ 2 mmHg após hepatectomia parece agravar o risco de complicações major.
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