Perceção e Atitudes Sobre Prescrição Racional Durante a Formação Médica: Resultados de Grupos Focais com Estudantes de Medicina e Médicos Internos
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10945Palavras-chave:
Competência Clínica, Educação Médica, Farmacologia Clínica, Portugal, Prescrição de MedicamentosResumo
Introdução: O ensino da farmacologia clínica visa a aquisição de conhecimentos, competências e comportamentos que assegurem a decisão de prescrição de forma racional. Os autores apresentam os resultados de um estudo concebido para avaliar as perceções, atitudes e comportamentos associados ao conceito de prescrição racional ao longo da formação.
Material e Métodos: Foram realizados quatro grupos focais com alunos do primeiro, terceiro e quinto ano e jovens internos da formação específica. Utilizou-se um guião semi-estruturado com perguntas abertas e estudos de caso destinados a explorar os comportamentos associados à decisão terapêutica.
Resultados: A análise identifica uma evolução de conceitos ao longo da formação académica. As referências a normas de orientação e efetividade emergem a partir do terceiro ano. A segurança e a adaptação às características individuais do doente emergem nos grupos do quinto ano e dos jovens internos. As fontes de informação consideradas mais relevantes foram os estudos de eficácia e revisões sistemáticas, os documentos regulamentares e as plataformas online.
Discussão: A revisão da literatura recente aponta para a necessidade de implementar estratégias dedicadas ao desenvolvimento das competências adequadas à prescrição racional. O recurso a grupos focais é uma metodologia a considerar para envolver os discentes na autoavaliação de competências e informar os docentes acerca das perceções e atitudes dos alunos.
Conclusão: Esta análise ilustra a sensibilização dos estudantes e jovens médicos para a adaptação da terapêutica às características do doente e a necessidade de reforçar estes conceitos, para que se sintam preparados para a prescrição racional em situações clínicas complexas.
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