Perceção e Atitudes Sobre Prescrição Racional Durante a Formação Médica: Resultados de Grupos Focais com Estudantes de Medicina e Médicos Internos

Autores

  • Isabel Boaventura Laboratório de Farmacologia Clínica e Terapêutica. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • João Costa Laboratório de Farmacologia Clínica e Terapêutica. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Centro de Investigação de Medicina Baseada na Evidência. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Cochrane Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • Ricardo Miguel Fernandes Laboratório de Farmacologia Clínica e Terapêutica. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Departamento de Pediatria. Hospital Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Instituto de Medicina Molecular. Universidade de Lisboa. Lisboa.
  • Joaquim Ferreira Laboratório de Farmacologia Clínica e Terapêutica. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Instituto de Medicina Molecular. Universidade de Lisboa. Lisboa. Campus Neurológico Sénior. Torres Vedras.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.10945

Palavras-chave:

Competência Clínica, Educação Médica, Farmacologia Clínica, Portugal, Prescrição de Medicamentos

Resumo

Introdução: O ensino da farmacologia clínica visa a aquisição de conhecimentos, competências e comportamentos que assegurem a decisão de prescrição de forma racional. Os autores apresentam os resultados de um estudo concebido para avaliar as perceções, atitudes e comportamentos associados ao conceito de prescrição racional ao longo da formação.
Material e Métodos: Foram realizados quatro grupos focais com alunos do primeiro, terceiro e quinto ano e jovens internos da formação específica. Utilizou-se um guião semi-estruturado com perguntas abertas e estudos de caso destinados a explorar os comportamentos associados à decisão terapêutica.
Resultados: A análise identifica uma evolução de conceitos ao longo da formação académica. As referências a normas de orientação e efetividade emergem a partir do terceiro ano. A segurança e a adaptação às características individuais do doente emergem nos grupos do quinto ano e dos jovens internos. As fontes de informação consideradas mais relevantes foram os estudos de eficácia e revisões sistemáticas, os documentos regulamentares e as plataformas online.
Discussão: A revisão da literatura recente aponta para a necessidade de implementar estratégias dedicadas ao desenvolvimento das competências adequadas à prescrição racional. O recurso a grupos focais é uma metodologia a considerar para envolver os discentes na autoavaliação de competências e informar os docentes acerca das perceções e atitudes dos alunos.
Conclusão: Esta análise ilustra a sensibilização dos estudantes e jovens médicos para a adaptação da terapêutica às características do doente e a necessidade de reforçar estes conceitos, para que se sintam preparados para a prescrição racional em situações clínicas complexas.

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Publicado

2019-09-02

Como Citar

1.
Boaventura I, Costa J, Fernandes RM, Ferreira J. Perceção e Atitudes Sobre Prescrição Racional Durante a Formação Médica: Resultados de Grupos Focais com Estudantes de Medicina e Médicos Internos. Acta Med Port [Internet]. 2 de Setembro de 2019 [citado 19 de Maio de 2024];32(9):593-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/10945

Edição

Secção

Original