Dependência de Vídeojogos: Um Problema Pediátrico Emergente?
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10985Palavras-chave:
Comportamento Aditivo, Criança, VídeojogosResumo
Introdução: O uso excessivo de vídeojogos é um problema emergente que tem vindo a ser estudado no âmbito de comportamentos de dependência. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de dependência de vídeojogos num grupo de crianças e identificar fatores protetores ou de risco e potenciais consequências deste comportamento.
Material e Métodos: Estudo transversal e observacional de uma população de crianças, do sexto ano escolar, através de um questionário anónimo. A dependência de vídeojogos foi definida como presença de 5 dos 9 comportamentos adaptados dos critérios do DSM-5 de ‘pathological gambling’. Crianças com 4 dos 9 critérios foram incluídas no ‘Grupo de risco para dependência de vídeojogos’. Foram entregues 192 questionários, com resposta a 152 (taxa de resposta 79,2%). A análise estatística foi feita com base no SPSS.
Resultados: Metade dos participantes eram do sexo masculino, com média de idade 11 anos. A dependência de vídeojogos esteve presente em 3,9% da população, sendo que cerca de 33% da amostra cumpria critérios de ‘risco de dependência de vídeojogos’. A maioria das crianças joga sozinha. Outros fatores de risco encontrados para ‘Grupo de risco de dependência’ foram mais tempo de uso; tipo de jogo online, ação e luta (p < 0,001). Este grupo de crianças apresenta menos tempo de sono.
Discussão: Um número significativo de crianças da nossa amostra cumpre critérios de dependência de viídeojogos numa idade precoce, e um número maior pode estar em risco desse comportamento (33%). É um problema clínico emergente, que merece atenção e mais estudos.
Conclusão: Este estudo exploratório sugere que a dependência de videojogos em crianças é um problema emergente.
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