O Desempenho das Curvas do Intergrowth 21st no Diagnóstico de Leve e Grande para a Idade Gestacional em Recém-nascido de Termo e Pré-termo
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10990Palavras-chave:
Antropometria, Gráficos de Crescimento, Idade Gestacional, Peso ao Nascer, Portugal, Recém-Nascido, Recém-‑Nascido PrematuroResumo
Introdução: O peso ao nascer é importante na morbimortalidade neonatal e está relacionado com o desenvolvimento de doenças crónicas na idade adulta. Este estudo pretende avaliar a utilização das curvas de crescimento Intergrowth 21st em alternativa às de Fenton e Kim 2013 no diagnóstico de leve e grande para a idade gestacional num grupo de recém-nascidos Portugueses.
Material e Métodos: Estudo analítico e retrospetivo avaliando o peso ao nascer de recém-nascidos de termo e pré-termo segundo ambas as curvas de crescimento. Grupos estudados: ‘Termo-semanas’ e ‘Termo-dias’ (recém-nascidos de termo com idade gestacional em semanas e dias, respetivamente), ‘Pré-termo-semanas’ e ‘Pré-termo-dias’ (recém-nascidos pré-termo com idade gestacional em semanas e dias, respetivamente).
Resultados: Foram incluídos 14 056 recém-nascidos, 6% pré-termo. Usando as curvas de crescimento Intergrowth 21st, os grupos ‘Termo-semanas’ (n = 12 081), ‘Termo-dias’ (n = 1118), ‘Pré-termo-semanas’ (n = 617) e ‘Pré-termo-dias’ (n = 240) classificados como leves para a idade gestacional segundo Fenton e Kim 2013 foram classificados como adequados para a idade gestacional em 52,8%, 57,8%, 37,7% e 9,3% respetivamente; e 9,2%, 9,2%, 5,9% e 0,6% dos adequados para a idade gestacional foram classificados como grandes para a idade gestacional, respetivamente. No grupo ‘Pré-termo-dias’, 7,9% dos adequados para a idade gestacional seriam leves para a idade gestacional e 22,2% dos grandes para a idade gestacional seriam adequados para a idade gestacional, todos com idade gestacional abaixo de 231 dias.
Discussão: O uso do Intergrowth 21st nesta amostra resultou num menor número de recém-nascidos classificados como leves para a idade gestacional, exceto nos recém-nascidos muito prematuros.
Conclusão: Tendo em conta os resultados obtidos, sugerimos que as maternidades portuguesas considerem a utilização das curvas de crescimento Intergrowth 21st em detrimento das de Fenton e Kim 2013. Contudo, mais estudos são necessários para confirmar estes resultados.
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