Hipotiroidismo Subclínico no Idoso
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.10991Palavras-chave:
Hipotiroidismo/diagnóstico, Idoso, Valores de Referência, Testes de Função TiroideiaResumo
Introdução: O hipotiroidismo subclínico, definido como um aumento da hormona estimulante da tiróide com níveis normais de hormonas tiroideias, poderá ter um impacto multiorgânico. No idoso (acima de 65 anos) parece haver diferenças que corroboram uma abordagem diagnóstica e terapêutica distintas.
Material e Métodos: Revisão bibliográfica através das bases de dados eletrónicas.
Resultados: Foram apresentados diferentes estudos que demonstram as consequências multiorgânicas do hipotiroidismo subclínico no idoso e que sugerem um impacto menor ou até ausente nesta população, principalmente acima dos 80 - 85 anos. Adicionalmente, estudos evidenciam que os valores de hormona estimulante da tiróide aumentam à medida que a idade avança. É consensual o início do tratamento com baixa dose de levotiroxina para valores de hormona estimulante da tiróide superiores a 10,0 mUI/L, presença de sintomas ou anticorpos anti-tiroideus positivos. O tratamento é discutível para hormona estimulante da tiróide entre 4,5 e 10,0 mUI/L, de tal forma que o estudo TRUST concluiu não haver benefícios no tratamento destes doentes.
Discussão: A indefinição do intervalo de referência e da faixa etária são os fatores de enviesamento que mais dificultam a objetividade dos resultados. Todavia parece haver consenso em não tratar a disfunção tiroideia ligeira (4,5 - 7,0 mUI/L) no idoso, particularmente acima dos 80 anos. No entanto, se anticorpos anti-tiroideus positvos, alterações ecográficas sugestivas de tiroidite ou iatrogenia, deve ser considerado o limiar de 4,5 mUI/L.
Conclusão: O impacto global do hipotiroidismo subclínico é diferente no idoso, pelo que uma abordagem terapêutica individualizada e monitorizada ao longo do tempo é a estratégia mais adequada.
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