Impacto do Transporte por Viatura Médica de Emergência e Reanimação no Enfarte Agudo do Miocárdio com Elevação do Segmento ST: Estudo Retrospetivo Nacional
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.11082Palavras-chave:
Enfarte Agudo do Miocárdio com Elevação do Segmento ST, Factores de Tempo, Intervenção Coronária Percutânea, Reperfusão Miocárdica, Tempo para TratamentoResumo
Introdução: O transporte através de sistemas de emergência médica reduz os tempos de tratamento no enfarte agudo do miocárdio com elevação do segmento ST. Os autores estudaram o Registo Nacional de Síndromes Coronários Agudos para avaliar o impacto nacional do transporte através de sistema de emergência médica no tratamento do enfarte agudo do miocárdio com elevação do segmento ST.
Material e Métodos: Foi realizado um estudo retrospetivo, multicêntrico de doentes com enfarte agudo do miocárdio com elevação do segmento ST inseridos no Registo Nacional desde 2010 até 2017. Os doentes foram divididos em Grupo I, representando doentes transportados por viaturas de emergência médica e Grupo II, doentes que chegaram ao Serviço de Urgência por outros meios.
Resultados: Do total de 5702 doentes, 25,6% foram transportados por viaturas de emergência médica. Registou-se um aumento no uso de viaturas de emergência médica de 17% nos últimos sete anos. Os sistemas de emergência médica garantiram uma maior taxa de transporte para centros capazes de realizar intervenção coronária percutânea, de bypass do Serviço de Urgência e de fibrinólise no local. O transporte através de viaturas de emergência médica conseguiu uma redução da mediana do atraso para a reperfusão de 59 minutos (p < 0,001). Não houve diferença na mortalidade intra-hospitalar.
Discussão: Nesta amostra nacional, é evidente que os sistemas de emergência médica reduziram significativamente os tempos de reperfusão, associando-se a uma menor incidência de insuficiência cardíaca aguda pós-enfarte. No entanto, esse benefício não resultou numa menor mortalidade intra-hospitalar, provavelmente devido ao facto dessa população representar um subgrupo de doentes com doença mais grave e mais comorbilidades.
Conclusão: Os benefícios associados ao uso de sistemas de emergência médica no transporte de doentes com enfarte agudo do miocárdio com elevação do segmento ST não se traduziram numa menor mortalidade intra-hospitalar.
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