Prescrição Antibiótica no Ambulatório em Doentes Pediátricos com Patologia Respiratória

Autores

  • Joana Verdelho Andrade Serviço Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu.
  • Pedro Vasconcelos Departamento de Medicina Geral e Familiar. Unidade de Saúde Familiar Viseu-Cidade. Agrupamento Centros de Saúde Dão Lafões. Viseu.
  • Joana Campos Serviço Pediatria. Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Viseu.
  • Teresa Camurça Departamento de Medicina Geral e Familiar. Unidade de Saúde Familiar Viseu-Cidade. Agrupamento Centros de Saúde Dão Lafões. Viseu.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.11111

Palavras-chave:

Antibacterianos, Assistência Ambulatorial, Criança, Infecções Respiratórias, Prescrição Inadequada, Utilização de Medicamentos

Resumo

Introdução: As infeções do trato respiratório são das patologias que mais frequentemente motivam a prescrição antibiótica em idade pediátrica. Os objetivos deste estudo foram identificar a frequência e padrão de prescrição de antibacterianos na patologia respiratória.

Material e Métodos:
Durante dois anos (divididos pela apresentação das normas de orientação clínica), os dados foram obtidos através da consulta de processos clínicos de crianças com patologia respiratória. Utilizaram-se os testes qui-quadrado ou teste exato de Fisher para testar associações entre variáveis, assumindo-se significado estatístico quando p < 0,05.

Resultados:
Realizaram-se 547 consultas (idade média de seis anos ± 5,3, 55% do género masculino). A pesquisa do antigénio do Streptococcus do grupo A na orofaringe foi realizada mais frequentemente por internos de Pediatria (p = 0,005). A radiografia de tórax foi mais pedida pelo especialista de Medicina Geral e Familiar (p = 0,033). Prescreveu-se antibiótico em 87% pneumonias, 84% otites médias agudas, 68% amigdalites, 25% laringites, 17% infeções respiratórias superiores e 16% bronquiolites agudas. O especialista de Medicina Geral e Familiar prescreveu mais antibiótico que o interno de Pediatria na amigdalite aguda (p = 0,003) e na otite média aguda (p = 0,013). O antibiótico mais prescrito foi amoxicilina (61%). Não houve diferenças entre os dois períodos estudados quanto ao número de prescrições e escolha de antibiótico das patologias estudadas.

Discussão:
A prescrição de antibióticos foi elevada e numa proporção significativa a antibioterapia poderia ser ajustada. Realça-se que não houve diferenças na prescrição após a apresentação das normas de orientação clínica.

Conclusão: Considera-se necessária uma melhoria da prescrição antibiótica pediátrica no ambulatório.

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Publicado

2019-02-28

Como Citar

1.
Andrade JV, Vasconcelos P, Campos J, Camurça T. Prescrição Antibiótica no Ambulatório em Doentes Pediátricos com Patologia Respiratória. Acta Med Port [Internet]. 28 de Fevereiro de 2019 [citado 22 de Novembro de 2024];32(2):101-10. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/11111

Edição

Secção

Original