Formação de Recursos Humanos em Saúde na República da Guiné-Bissau: Evolução das Estruturas e Processos num Estado Frágil

Autores

  • Cátia Sá-Guerreiro Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para Políticas e Planeamento da Força de Trabalho em Saúde. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Global Health and Tropical Medicine. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. https://orcid.org/0000-0002-0505-2155
  • Zulmira Hartz Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para Políticas e Planeamento da Força de Trabalho em Saúde. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Global Health and Tropical Medicine. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. https://orcid.org/0000-0001-9780-9428
  • Clotilde Neves Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para Políticas e Planeamento da Força de Trabalho em Saúde. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Global Health and Tropical Medicine. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa.
  • Paulo Ferrinho Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para Políticas e Planeamento da Força de Trabalho em Saúde. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Global Health and Tropical Medicine. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. https://orcid.org/0000-0002-3722-0803

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.11120

Palavras-chave:

Guiné-Bissau, Pessoal de Saúde/educação, Prestação de Cuidados de Saúde/recursos humanos

Resumo

Introdução: No contexto de fragilidade que caracteriza a República da Guiné-Bissau constata-se uma ausência de gestão eficaz de recursos humanos da Saúde, impondo-se a reflexão sobre a sua formação. Tivemos por objetivo analisar a oferta formativa de recursos humanos da Saúde na República da Guiné-Bissau de 1974 a esta parte, enquadrando-a no contexto nacional e relacionando a análise com o descrito para Estados-Frágeis.

Material e Métodos: Recorrendo a análise de conteúdo dos resultados de entrevistas semi-estruturadas, grupo focal e análise documental, analisámos a oferta de formação de recursos humanos da Saúde em dois pilares – ao nível das estruturas/instituições formadoras; ao nível dos processos de formação. A consideração do contexto em que esta decorre permitiu uma análise integrada na realidade vivida por Estados-Frágeis.

Resultados: Sintetizámos os passos históricos da formação de recursos humanos da Saúde, descrevendo as estruturas e seus procedimentos, concretamente das entidades públicas como a Escola Nacional de Saúde e a Faculdade de Medicina, e também das entidades privadas que proliferam no país.

Discussão: O país enquadra os problemas definidos para a Região Africana, aproximando-se do descrito para Estados-Frágeis, apresentando: fraca liderança/governação em saúde; limitação na implementação das estratégias de formação planeadas; inadequada capacidade de formação de recursos humanos; dependência total/parcial no financiamento da formação, proliferação de entidades formadoras privadas, não oficialmente reconhecidas.

Conclusão: Os modelos que emergem como resposta à fragilidade nesta matéria permitem parcialmente responder às necessidades de formação do país mas negligenciam a qualidade e perpetuam dependências, agravando as fragilidades do Estado e do setor público.

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Biografia Autor

Cátia Sá-Guerreiro, Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para Políticas e Planeamento da Força de Trabalho em Saúde. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Global Health and Tropical Medicine. Instituto de Higiene e Medicina Tropical. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa.

#8011

#8012

Publicado

2018-12-28

Como Citar

1.
Sá-Guerreiro C, Hartz Z, Neves C, Ferrinho P. Formação de Recursos Humanos em Saúde na República da Guiné-Bissau: Evolução das Estruturas e Processos num Estado Frágil. Acta Med Port [Internet]. 28 de Dezembro de 2018 [citado 22 de Novembro de 2024];31(12):742-53. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/11120

Edição

Secção

Original