Do Estado Vegetativo à Participação: A Amantadina Como Potenciadora do Programa de Reabilitação
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.11257Palavras-chave:
Amantadina, Estado Vegetativo Persistente, Lesões Encefálicas Traumáticas/reabilitação, Lesões Encefálicas Traumáticas/tratamento farmacológicoResumo
A utilização da amantadina na prática clínica ainda parece pouco difundida, apesar da evidência crescente na emergência de alterações do estado de consciência após traumatismo cranioencefálico. Descrevemos o caso de um adolescente com traumatismo cranioencefálico grave por atropelamento. Após quatro meses de internamento num hospital central onde se manteve em estado vegetativo foi transferido para um centro de reabilitação. Iniciou um programa de reabilitação integral liderado por equipa médica, incluindo estimulação multissensorial e intervenção no meio envolvente. Iniciou amantadina, 50 mg/dia, titulada até 200 mg/dia, verificando-se melhoria clínica e funcional significativas, com emergência para estado de consciência mínima à terceira semana e recuperação da consciência à sexta semana de amantadina. Manteve melhoria progressiva mesmo após suspensão do fármaco. O caso descrito salienta a importância da intervenção holística e corrobora a literatura ao demonstrar a eficácia e segurança da amantadina na emergência do estado vegetativo.
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