O Impacto da Mudança de Médico Assistente na Diabetes Mellitus Tipo 2: Um Estudo Retrospectivo

Autores

  • Francisco Sousa Santos Departamento Endocrinologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa. https://orcid.org/0000-0003-4123-9440
  • Carlos Tavares Bello Departamento Endocrinologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Catarina Roque Departamento Endocrinologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Ricardo Capitão Departamento Endocrinologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Ricardo Castro Fonseca Departamento Endocrinologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Clotilde Limbert Departamento Endocrinologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • João Sequeira Duarte Departamento Endocrinologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Manuela Oliveira Departamento Endocrinologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.
  • Carlos Vasconcelos Departamento Endocrinologia. Hospital Egas Moniz. Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.11304

Palavras-chave:

Complicações da Diabetes, Continuidade de Cuidados ao Doente, Diabetes Mellitus Tipo 2, Equipa de Cuidados aos Doente

Resumo

Introdução: Vários estudos já demonstraram ser benéfico para o controlo de várias doenças crónicas manter seguimento com um mesmo médico assistente de forma prolongada. O nosso estudo pretende esclarecer os efeitos no controlo da doença associados à transição para um novo médico diabetologista em doentes diabéticos tipo 2 seguidos em cuidados de saúde terciários.
Material e Métodos: Estudo retrospetivo realizado num serviço de consultas externas de Endocrinologia. Seleccionámos aleatoriamente 50 doentes diabéticos tipo 2 para um grupo controlo e 50 para um grupo estudo. No grupo estudo, registámos a última avaliação antes da mudança de médico (ano 0) e no fim de cada ano (ano 1, 2 e 3) com o novo médico. As variáveis avaliadas — índice de massa corporal, tensão arterial, HbA1c e perfil lipídico — foram comparadas anualmente entre os grupos.
Resultados: Verificou-se uma diminuição na média da HbA1c (0,4% – 0,5%, p < 0,05) no ano 1 e 2 por comparação com o ano 0 no grupo estudo, mas não no grupo controlo. Esta redução foi maior (0,5% – 1,4%, p < 0,05) em doentes cuja HbA1c basal era superior a 7%. As outras variáveis estudadas não variaram significativamente em qualquer um dos grupos.
Discussão: Neste estudo, a transição de doentes diabéticos tipo 2 para um novo médico diabetologista assistente associou-se a uma diminuição na média de HbA1c, de forma mais marcada em doentes com menor controlo metabólico.
Conclusão: A mudança para um novo médico diabetologista assistente pode não ser prejudicial e inclusivamente associar-se a benefícios para o controlo glicémico de alguns doentes diabéticos tipo 2.

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Publicado

2019-09-02

Como Citar

1.
Sousa Santos F, Tavares Bello C, Roque C, Capitão R, Castro Fonseca R, Limbert C, Sequeira Duarte J, Oliveira M, Vasconcelos C. O Impacto da Mudança de Médico Assistente na Diabetes Mellitus Tipo 2: Um Estudo Retrospectivo. Acta Med Port [Internet]. 2 de Setembro de 2019 [citado 4 de Dezembro de 2024];32(9):580-7. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/11304

Edição

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