O Impacto da Mudança de Médico Assistente na Diabetes Mellitus Tipo 2: Um Estudo Retrospectivo
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.11304Palavras-chave:
Complicações da Diabetes, Continuidade de Cuidados ao Doente, Diabetes Mellitus Tipo 2, Equipa de Cuidados aos DoenteResumo
Introdução: Vários estudos já demonstraram ser benéfico para o controlo de várias doenças crónicas manter seguimento com um mesmo médico assistente de forma prolongada. O nosso estudo pretende esclarecer os efeitos no controlo da doença associados à transição para um novo médico diabetologista em doentes diabéticos tipo 2 seguidos em cuidados de saúde terciários.
Material e Métodos: Estudo retrospetivo realizado num serviço de consultas externas de Endocrinologia. Seleccionámos aleatoriamente 50 doentes diabéticos tipo 2 para um grupo controlo e 50 para um grupo estudo. No grupo estudo, registámos a última avaliação antes da mudança de médico (ano 0) e no fim de cada ano (ano 1, 2 e 3) com o novo médico. As variáveis avaliadas — índice de massa corporal, tensão arterial, HbA1c e perfil lipídico — foram comparadas anualmente entre os grupos.
Resultados: Verificou-se uma diminuição na média da HbA1c (0,4% – 0,5%, p < 0,05) no ano 1 e 2 por comparação com o ano 0 no grupo estudo, mas não no grupo controlo. Esta redução foi maior (0,5% – 1,4%, p < 0,05) em doentes cuja HbA1c basal era superior a 7%. As outras variáveis estudadas não variaram significativamente em qualquer um dos grupos.
Discussão: Neste estudo, a transição de doentes diabéticos tipo 2 para um novo médico diabetologista assistente associou-se a uma diminuição na média de HbA1c, de forma mais marcada em doentes com menor controlo metabólico.
Conclusão: A mudança para um novo médico diabetologista assistente pode não ser prejudicial e inclusivamente associar-se a benefícios para o controlo glicémico de alguns doentes diabéticos tipo 2.
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