A Violência no Local de Trabalho em Instituições de Saúde: Um Estudo Monocêntrico sobre Causas, Consequências e Estratégias de Prevenção

Autores

  • Helena Sofia Antão Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa. Emergency Department. Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca. Amadora. https://orcid.org/0000-0001-5045-1625
  • Ema Sacadura-Leite CISP - Centro de Investigação em Saúde Pública. CHRC - Comprehensive Health Research Center. Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa.
  • Maria João Manzano Occupational Health Department. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central. Lisboa.
  • Sónia Pinote Occupational Health Department. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central. Lisboa.
  • Rui Relvas Occupational Health Department. Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central. Lisboa.
  • Florentino Serranheira CISP - Centro de Investigação em Saúde Pública. CHRC - Comprehensive Health Research Center. Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa.
  • António Sousa-Uva CISP - Centro de Investigação em Saúde Pública. CHRC - Comprehensive Health Research Center. Escola Nacional de Saúde Pública. Universidade NOVA de Lisboa. Lisboa.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.11465

Palavras-chave:

Fatores de Risco Profissionais, Prevenção, Saúde Ocupacional, Trabalhadores da Saúde, Violência no Local de Trabalho

Resumo

Introdução: A violência no local de trabalho é um dos principais fatores de risco no mundo do trabalho. Os trabalhadores da saúde apresentam um risco superior. O nosso estudo teve como objetivo caracterizar a violência física e verbal num hospital público e definir estratégias de prevenção e vigilância em saúde ocupacional.
Material e Métodos: Estudo observacional transversal monocêntrico, conduzido num hospital público em Lisboa com trabalhadores da saúde. Foi realizado um inquérito qualitativo com entrevistas em profundidade a seis trabalhadores e um inquérito quantitativo com questionários a 32 trabalhadores. Aceitou-se um nível de significância de 5% na avaliação das diferenças estatísticas. O teste de Mann-Whitney e o teste exato de Fisher foram usados para calcular os valores de p.
Resultados: Os principais resultados são: (1) 41 episódios reportados na fase quantitativa; (2) 5/21 [23,81%] vítimas notificaram o incidente; (3) 18/21 [85.71%] vítimas reportaram estados de hipervigilância permanente; (4) 22/28 [78,57%] participantes não conheciam ou conheciam mal os procedimentos de notificação; (5) 24/28 [85,71%] consideravam possível minimizar o problema.
Discussão: A violência é favorecida pelo acesso livre às zonas de trabalho, ausência de agentes de segurança e polícia ou falta da respetiva intervenção. A baixa notificação contribui para a ausência de medidas organizacionais. O estado de hipervigilância relatado reflete o efeito prejudicial da exposição a fontes de stress e ameaça.
Conclusão: A violência no local de trabalho é um fator de risco relevante, com impacto negativo na saúde dos trabalhadores e merece uma abordagem individualizada no âmbito da saúde ocupacional, cujas áreas e estratégias prioritárias foram definidas neste estudo.

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Publicado

2020-01-03

Como Citar

1.
Antão HS, Sacadura-Leite E, Manzano MJ, Pinote S, Relvas R, Serranheira F, Sousa-Uva A. A Violência no Local de Trabalho em Instituições de Saúde: Um Estudo Monocêntrico sobre Causas, Consequências e Estratégias de Prevenção. Acta Med Port [Internet]. 3 de Janeiro de 2020 [citado 30 de Junho de 2024];33(1):31-7. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/11465

Edição

Secção

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