Aconselhamento de Profilaxia Pré-Exposição numa Clínica de Saúde Sexual para Homens Que Têm Sexo com Homens em Lisboa, Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.11474Palavras-chave:
Aconselhamento, Comportamento Sexual, Homossexualidade Masculina, Infecções por VIH/prevenção e controlo, Profilaxia Pré-ExposiçãoResumo
Introdução: A profilaxia pré-exposição pode ser definida como o uso de medicamentos anti-retrovirais para prevenir a aquisição do VIH em indivíduos não infectados. Reconhecendo o uso crescente da profilaxia pré-exposição informal em Portugal, o CheckpointLX, uma clínica comunitária destinada a homens que têm sexo com homens em Lisboa, Portugal, começou a oferecer aconselhamento e serviços de acompanhamento antes da introdução formal. Este estudo pretende caracterizar os utilizadores da profilaxia pré-exposição que frequentam o CheckpointLX antes da introdução formal da profilaxia pré-exposição em Portugal, e aqueles que foram encaminhados para a profilaxia pré-exposição no Serviço Nacional de Saúde após a aprovação formal da profilaxia pré-exposição.
Material e Métodos: Os dados foram colhidos por pares entre maio de 2015 e setembro de 2018 e inseridos numa base de dados. Os cuidados médicos seguiram as recomendações da European AIDS Clinical Society para elegibilidade, iniciação e acompanhamento da profilaxia pré-exposição. Para a profilaxia pré-exposição formal, foi utilizada a lista de verificação da Norma de Profilaxia Pré-exposição da Direção-Geral da Saúde.
Resultados: Até ao final de maio de 2018, o CheckpointLX fez um total de 90 consultas para o wild pre-exposure prophylaxis, das quais 64 (71%) foram primeiras consultas. Quanto aos 380 utilizadores referenciados ao Serviço Nacional de Saúde, a maioria era de nacionalidade portuguesa (n = 318, 84%) e a idade média era de 31 (8,9) anos. Sexo sem preservativo nos últimos seis meses com parceiros com estatuto VIH desconhecido foi o critério de elegibilidade mais reportado (n = 59, 83%).
Discussão: A dispensa da profilaxia pré-exposição deve ser complementada com informações eficazes sobre a importância da imunização e da educação em práticas mais seguras de administração de medicamentos, no âmbito de cuidados de saúde sexual preventivos mais amplos.
Conclusão: Ainda há muito a ser feito em Portugal para garantir que a profilaxia pré-exposição esteja disponível para aqueles que mais dela precisam. Oferecer profilaxia pré-exposição em clínicas comunitárias pode ser um primeiro passo.
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