Recomendações e Consensos do Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla e da Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia sobre Ressonância Magnética na Esclerose Múltipla na Prática Clínica: Parte 2.
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.11532Palavras-chave:
Doenças Desmielinizantes, Esclerose Múltipla, Protocolos, Ressonância MagnéticaResumo
Introdução: A ressonância magnética é considerada o exame complementar mais importante para o diagnóstico de esclerose múltipla, seus diagnósticos diferenciais e avaliação da sua progressão/resposta terapêutica. No entanto, para um uso ótimo desta ferramenta na esclerose múltipla, é essencial a aplicação de um protocolo de imagem padronizado, reprodutível e comparável. Neste contexto, o Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla e a Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia, após discussão conjunta, designaram um comité de peritos para a criação de recomendações adaptadas à realidade nacional sobre a utilização da ressonância magnética na esclerose múltipla. Este documento corresponde à segunda parte das primeiras recomendações de consenso portuguesas sobre a utilização da ressonância magnética na esclerose múltipla na prática clínica.
Material e Métodos: O Grupo de Estudos de Esclerose Múltipla e a Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia após discussão do tema em reuniões de âmbito nacional e de uma reunião do grupo de trabalho que teve lugar na Figueira da Foz em maio de 2017, designaram um comité de peritos que elaboraram por método de consenso protocolos padronizados sobre o uso da ressonância magnética na esclerose múltipla. O documento teve como base a melhor evidência científica e a opinião dos peritos. Posteriormente, o documento foi enviado para escrutínio à maioria dos responsáveis de consulta de esclerose múltipla e dos departamentos de neurorradiologia; tendo sido considerados os seus comentários e sugestões. As estratégias padronizadas de referenciação imagiológica na prática clínica para o diagnóstico e seguimento da esclerose múltipla foram publicadas na primeira parte deste artigo.
Resultados: Neste artigo são propostos os protocolos de aquisição de ressonância magnética adequados para o diagnóstico e monitorização da esclerose múltipla, bem como a informação a constar do relatório imagiológico, tendo em vista a sua aplicação nas várias instituições de saúde portuguesas.
Conclusão: Os autores esperam que estas primeiras orientações portuguesas sobre a utilização da ressonância magnética na esclerose múltipla na prática clínica contribuam para otimizar a gestão desta patologia e melhorar o tratamento destes doentes em Portugal.
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