Deteção da Infeção por Vírus da Imunodeficiência Humana e Outras Infeções Sexualmente Transmissíveis num Grupo de Trabalhadores/as do Sexo em Contexto Indoor na Área Metropolitana do Porto
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.11687Palavras-chave:
Diagnóstico Precoce, Doenças Sexualmente Transmissíveis/diagnóstico, Doenças Sexualmente Transmissíveis/epidemiologia, Infecções por VIH, Portugal, Profissionais do SexoResumo
Introdução: O diagnóstico precoce é uma ferramenta incontornável na contenção do vírus da imunodeficiência humana e de outras infeções sexualmente transmissíveis, nomeadamente em populações-chave, das quais fazem parte os/as trabalhadores/as do sexo. Apesar da sua relevância são ainda escassos os estudos epidemiológicos e intervenções que visem a monitorização e diagnóstico das infeções sexualmente transmissíveis em Portugal. Os objetivos do presente estudo são: (i) contribuir para um conhecimento mais aprofundado da epidemiologia de infeções sexualmente transmissíveis e (ii) avaliar a adaptação de métodos de rastreio em meio clínico ao contexto de proximidade em populações ocultas como os/as trabalhadores/as do sexo.
Material e Métodos: O rastreio de infeções sexualmente transmissíveis (vírus da imunodeficiência humana 1/2, vírus da hepatite B, vírus da hepatite C, sífilis, clamídia e gonorreia) foi realizado a 100 trabalhadores/as do sexo no âmbito da intervenção de proximidade realizada pelo Porto G na zona Metropolitana do Porto, entre setembro de 2015 e setembro de 2016.
Resultados: Foram identificados seis casos reativos para vírus da imunodeficiência humana, cinco de sífilis, oito de clamídia e dois de gonorreia. Não foram detetados resultados positivos para vírus da hepatite B e vírus da hepatite C. Os resultados foram discutidos tendo em conta a gradação de risco e de vulnerabilidade de infeções sexualmente transmissíveis nos diferentes subgrupos de trabalhadores/as do sexo.
Discussão: Os resultados deste estudo corroboram a necessidade de promover respostas integradas junto de populações mais afetadas pelo vírus da imunodeficiência humana e outras infeções sexualmente transmissíveis, como são os/as trabalhadores/as do sexo. Também neste grupo, os homens que fazem sexo com homens e as mulheres trans apresentam uma prevalência de vírus da imunodeficiência humana superior à das mulheres cis. As estratégias de intervenção devem ser informadas por estudos epidemiológicos rigorosos.
Conclusão: A adaptação da metodologia de rastreio realizada em meio clínico ao contexto de proximidade demonstra ser uma resposta inovadora em território nacional, nomeadamente em populações sentinela.
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